Grupo CRECIN da Esalq desenvolverá atividades na Década do Oceano

Versão para impressãoEnviar por email
(Divulgação CRECIN)
Editoria: 

Declarada em janeiro de 2021, a Década das Nações Unidas da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável (2021-2030), popularmente denominada “Década do Oceano”, visa a promoção de ações interessadas por todo o mundo que se envolvem e colaboram com as ciências dos oceanos.

Ao longo da Década do Oceano, as propostas visam trabalhar dados, informações e o conhecimento, auxiliando políticas públicas, a disseminação da ciência e as interfaces da ciência-política a nível local, regional, nacional e global.

Neste contexto, o Centro de Referência em Ensino de Ciências da Natureza (CRECIN), da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), desenvolverá atividades com enfoque na Cultura Oceânica e no Currículo Azul, explorando temas como preservação dos recursos naturais, valorização das práticas sustentáveis, informações e dados sobre a fauna e flora marinha, além da relação do ser humano com o oceano, por meio da cultura e crenças.

De caráter formativo, as práticas envolverão encontros com alunos e professores, além da comunidade em geral, ao longo de um ano de atividades, explorando recursos didáticos como modelos tridimensionais, jogos, dinâmicas e muito mais, por meio de ações pontuais em eventos de extensão acadêmica, de divulgação científica e de monitorias em escolas e instituições de ensino.

A professora Rosebelly Nunes Marques, docente do departamento de Economia, Administração e Sociologia (LES) da Esalq e coordenadora do CRECIN, comentou sobre a participação do grupo neste tipo de atividade. “Poder participar das ações da Década do Oceano é um reflexo das práticas que o CRECIN vem focando quanto a divulgação científica e a formação de alunos e professores nos últimos anos. Apesar de já termos uma trajetória de presença dentro do calendário de Anos Internacionais, validados pela Organização das Nações Unidas (ONU), ter esse reconhecimento nos faz crer que estamos fazendo a diferença.

Sobre os desafios envolvendo da elaboração de recursos até as práticas de formação, a docente complementou. “Atuar com a Década apresenta desafios, pois não estamos apenas falando da complexidade que os oceanos exercem para a vida no planeta, mas também de uma nova proposta curricular, de nível nacional, no caso o Currículo Azul, que deverá ser estudada, analisada e entendida como parte de nosso cotidiano, independentemente de sua localização geográfica ser ou não fronteiriça com o oceano”.

Ainda, o grupo mantém também atividades até dezembro, atreladas ao Ano Internacional da Preservação dos Glaciares (IYGP2025), ao qual as práticas devem continuar por um período maior, baseado nos retornos positivos com o público, bem como nas orientações da organização da Década de Ação para as Ciências Criosféricas (2025-2034).

Ações e atividades

Em setembro deste ano, deu-se início as atividades envolvendo o tema, como a participação na 2ª Feira Eureka, onde o projeto foi apresentado pela primeira vez para interação com o público, totalizando mais de 1300 participantes ao longo de 2 dias de evento. Também foi realizada uma palestra e oficina na Escola do Legislativo, na Câmara dos Vereadores de Piracicaba, apresentando as mudanças climáticas e a preservação do oceano como um dos principais objetivos até o final da década, conforme a Agenda 2030 da ONU.

Quanto a outubro, o mês já conta com ações como a participação em simpósios, eventos de divulgação científica, bem como atividades durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia de 2025, cujo tema norteador será justamente sobre a água, com público estimado entre mil e dois mil participantes, apenas durante a semana.

Todas as atividades têm sua continuidade até agosto de 2026, propondo para escolas, instituições de ensino, espaços culturais, dentre outros, a possibilidade de receber as práticas e explorar a Cultura Oceânica e toda sua relevância.

O Currículo Azul

O Brasil assinou, em 2025, o chamado Currículo Azul. Sua proposta é a inserção e adaptação nos próximos anos dos conceitos de Cultura Oceânica no cotidiano escolar, do nível local ao nacional, como conteúdo obrigatório. Apesar de outros países já terem tais posições, o Brasil é o primeiro a propor uma ação de grande escala como essa, se destacando internacionalmente como agente de difusão de conhecimento e valorização de saberes sobre o oceano.

Links úteis

https://www.youtube.com/watch?v=6iDt2U5PR9c&t=1s

https://www.un-cryosphere.org/en

https://www.esalq.usp.br/banco-de-noticias/projeto-conscientiza-estudant...ância-das-geleiras

https://www.un-glaciers.org/en/partners-content/discovering-cryosphere-i...

Contatos

E-mail: crecin.esalq@usp.br | Instagram: crecin.esalq

Com informações de Charles Medeiros, mestrando do PPGI Ecologia Aplicada CENA/Esalq

10/10/2025