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Pesquisa mapeia a variação do estoque carbono orgânico dos solos brasileiros

Editoria: 
Pesquisa [1]
Sumário: 
Estudo foi conduzido no Programa de Pós-graduação em Solos e Nutrição de Plantas da Esalq/USP
Corpo: 

Um estudo conduzido na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP) está gerando mapas digitais inéditos sobre o estoque de carbono orgânico do solo no Brasil e a capacidade dos solos do mundo em produzir alimentos e biomassa. A pesquisa é desenvolvida pelo engenheiro agrônomo Nícolas Augusto Rosin, doutor pelo Programa de Pós-graduação em Solos e Nutrição de Plantas da Esalq, sob orientação do professor José Alexandre Mello Demattê, do Departamento de Ciência do Solo. “O trabalho nasceu da necessidade de avançar em técnicas para mapeamento atributos e de funções e do solo no espaço e no tempo”, conta o pesquisador.

Construindo Ciência | Nicolas Rosin [2]






Para isso, a equipe do grupo Geocis da Esalq/USP compilou extensos bancos de dados nacionais e globais e utilizou informações ambientais obtidas por sensoriamento remoto. Um modelo de aprendizado de máquina multi-temporal foi utilizado para gerar os mapas de estoque de carbono do solo para diferentes profundidades, no espaço e no tempo, enquanto funções de utilidade — relacionando atributos do solo à produtividade das principais culturas — permitiram espacializar o potencial produtivo agrícola em escala mundial.

Os resultados mostram que, no Brasil, o estoque de carbono orgânico no solo manteve-se relativamente estável nos últimos 40 anos. As principais perdas ocorreram em áreas onde florestas nativas foram convertidas para uso agrícola, enquanto a intensificação da agricultura — como a conversão de pastagens em lavouras — contribuiu para aumentar o estoque de carbono. Em nível global, o mapa de capacidade produtiva revelou contrastes marcantes no potencial agrícola entre diferentes regiões do planeta.

Segundo Nícolas Rosin, o avanço na geração desses mapas digitais pode oferecer importantes benefícios para agricultores, formuladores de políticas públicas e gestores ambientais. “Essas ferramentas permitem planejar o uso da terra com mais eficiência e embasamento científico, contribuindo para práticas agrícolas mais sustentáveis e produtivas”, destaca.

O projeto contou com financiamento da FAPESP e reforça o papel da ciência do solo na busca por soluções globais para a segurança alimentar e a mitigação das mudanças climáticas.

Clique aqui e acesse o vídeo [3] gravado para o projeto Construindo Ciência, onde o pesquisador fala um pouco mais sobre o estudo. Construindo Ciência é uma parceria entre a Comissão de Pós-graduação e Divisão de Comunicação da Esalq. 

Texto: Caio Albuquerque (22/8/2025)

Legenda 1: 
Divulgação
Responsável: 
Caio Albuquerque [4]
Data de controle: 
sexta-feira, Agosto 22, 2025


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