Carga Horária
Teórica por semana |
Prática por semana |
Créditos |
Duração |
Total |
4 |
2 |
10 |
15 semanas |
150 horas |
Docentes responsáveis
Fábio Ricardo Marin
Objetivo
A disciplina oferece uma abordagem quantitativa da fisiologia de culturas agrícolas e suas relações com a atmosfera na escala de uma folha ou uma copa vegetal. Discute-se os princípios da arquitetura dos dosséis vegetativos são estudados como base para a compreensão da absorção da energia radiante e da taxa de crescimento da vegetação. Conceitos de mecânica dos fluídos são aplicados aos fluxos atmosféricos buscando-se o entendimento dos processos de transporte turbulento e sua implicação no balanço de massa e energia em sistemas agrícolas. Ênfase é dada para a quantificação dos processos fisiológicos envolvidos no consumo hídrico e nas necessidades de água das culturas, assim como as causas e efeitos do acoplamento vegetação-atmosfera. Apresenta-se as bases do pensamento científico no campo da em modelagem de culturas agrícolas como instrumento de interpretação dos fenômenos envolvendo a relação entre a planta e atmosfera. São utilizadas e discutidos, de modo implícita, técnicas de redação científica para a produção dos trabalhos acadêmicos ao longo da disciplina.
Conteúdo
1) Escala dos fenômenos atmosféricos; escopo, importância e aplicações na escala micrometeorologica; conceitos fundamentais em agrometeorologia; 2) Interação da energia radiante com dosséis vegetativos na escala e na taxa de crescimento e no consumo hídrica das culturas; 3) Balanço de radiação e de energia de superfícies vegetadas naturais e implantadas; 4) Escoamento atmosférico sobre superfícies vegetadas; interação do vento com a vegetação e seus perfis dentro e acima dos dosséis vegetativos; efeitos de mudanças de rugosidade da superfície; resistência aerodinâmica ao transporte vertical; 5) Fluxo vertical de uma propriedade atmosférica; aspectos termodinâmicos e psicrométricos associados fluxos de vapor d´água; 6) Determinação do fluxo de massa (vapor d´água) de dosséis vegetativos e modelagem dos fluxos de massa e energia na interface copa-atmosfera; efeito do grau de acoplamento entre atmosfera e vegetação; 7) Implicações ecofisiológicas dos processos estudados.
Bibliografia
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