Sergipe, grandes extensões da Bahia, Alagoas, Roraima e Mato Grosso do Sul registraram chuva acumulada de 30 a 60 mm. Em Pernambuco e na Paraíba, prevaleceram valores entre 60 e 90 mm. Por sua vez, no Rio Grande do Norte, foi acumulado entre 90 e 150 mm. Em Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo e Paraná, os volumes ficaram entre 60 e 150 mm. No restante da Região Sul, prevaleceram valores entre 90 e 120 mm em Santa Catarina e entre 60 e 210 mm no Rio Grande do Sul. Na Região Centro-Oeste, Mato Grosso e Goiás registraram volumes de chuva entre 120 e 180 mm, já no Mato Grosso do Sul, o intervalo ficou entre 30 e 120 mm. No Acre, Rondônia e Tocantins, na Região Norte, prevaleceram volumes entre 150 e 180 mm. No Maranhão e no Piauí, houve grande variabilidade espacial, com acumulados entre 90 mm a valores superiores a 240 mm. No Pará e no Amazonas, prevaleceram valores no intervalo de 150 mm a valores superiores a 240 mm, e, no Amapá, predominaram valores superiores a 240 mm.
Os menores valores de armazenamento de água, entre 0 e 15%, foram registrados em Roraima, no nordeste da Bahia, em Sergipe, Alagoas, em grandes extensões de Pernambuco, da Paraíba, do Mato Grosso do Sul e de São Paulo, além do centro-norte do Paraná. Na maior parte da Bahia, o armazenamento ficou entre 15 e 30%. A região norte do Piauí teve condições mais favoráveis, com armazenamento superior a 90%, enquanto na metade sul prevaleceram valores de armazenamento entre 30 e 45%. No Mato Grosso e em Goiás, os valores ficaram entre 40 e 75%. Em Minas Gerais, a umidade do solo ficou entre 30 e 60%. Em São Paulo e no Paraná, houve heterogeneidade entre as regiões, com valores armazenados no intervalo de 0 a 75%. Em Santa Catarina, os valores ficaram entre 45 e 75% e, no Rio Grande do Sul, houve um gradiente de água no solo do oeste para o leste, variando de 90 mm até 0 mm. No Ceará e no Maranhão, na Região Nordeste, e no Pará, Amapá e Amazonas, na Região Norte, foram registrados os maiores valores de armazenamento de água, superiores a 90%.
As maiores temperaturas do país, superiores a 35°C, ocorreram pontualmente no Mato Grosso do Sul e em Roraima. Em ambos os estados, prevaleceram máximas elevadas, entre 33 e 35°C. No Amazonas, Acre, Rondônia e em grandes áreas do Mato Grosso, Tocantins, Bahia, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte e Piauí, além do noroeste de São Paulo e do norte do Paraná, as máximas ficaram entre 31 e 33°C. No Pará, Amapá, Maranhão, Ceará e Goiás, predominaram máximas entre 29 e 31°C. Em Minas Gerais e em grandes extensões de São Paulo e do Paraná, as temperaturas registradas ficaram 27 e 31°C. Já em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, as máximas variaram de 25 a 29°C.
Na região central de Roraima, em áreas pontuais do Pará e no oeste do Mato Grosso do Sul, foram registradas as maiores temperaturas mínimas do país, superiores a 25°C. Em toda a Região Norte, com exceção do Pará e de Tocantins, e no Mato Grosso do Sul, as mínimas prevaleceram entre 23 e 25°C. Na Região Nordeste, excetuando-se a Bahia, no Pará, Tocantins e Mato Grosso, as mínimas variaram entre 21 e 23°C. Por sua vez, na Bahia e em Goiás, as temperaturas registradas ficaram entre 19 e 23°C. Em Minas Gerais, São Paulo e no Paraná, os valores variaram de 17 a 23°C. Já em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, as mínimas registradas variaram de valores inferiores a 17°C até 21°C.
Tempo e agricultura brasileira
A colheita da soja segue avançando e estabeleceu um ritmo próximo ao observado na safra anterior, com 66,3% da área projetada já colhida, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Apesar de as produtividades obtidas nas lavouras semeadas a partir de novembro serem satisfatórias e trazerem algum alento para o produtor, elas não têm sido capazes de reverter as perdas já consolidadas. A queda na cotação da soja ameaça a rentabilidade do sojicultor, mesmo com a redução dos custos de produção. Assim, a lucratividade está condicionada à produtividade das lavouras, que foram notavelmente impactadas pelo clima adverso ocasionado pelo El Niño ao longo da safra 2023/24.
No Mato Grosso, 98,57% da área total semeada já foi colhida (Figura 1), um valor muito próximo ao observado no ano anterior (96,51%), de acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA). Apesar disso, dentro do Estado, a colheita não é totalmente uniforme: enquanto nas regiões médio-norte e oeste, as operações de colheita estão sendo finalizadas, a região sudeste segue em um ritmo mais lento, 4,23 p.p abaixo do observado no ciclo passado, o que evidencia o escalonamento da semeadura e da ressemeadura, devido às condições climáticas variáveis no momento da implantação. Além disso, a produtividade diminuiu 9,45 p.p em relação à safra 2022/23, o que corresponde ao valor atual de 52,85 sc/ha, devido ao encurtamento do ciclo da cultura, resultado da ocorrência simultânea de altas temperaturas e baixo volume de chuvas, principalmente nos estádios iniciais da cultura. No Mato Grosso do Sul, a Conab reportou que 90% da área semeada já foi colhida, exatamente o mesmo valor obtido para esse período na safra passada. No que se refere à produtividade, a APROSOJA/MS identificou quatro categorias de lavouras: (1) as que perderam entre 40% e 60% da área semeada devido ao período de estiagem; (2) lavouras que, devido aos volumes reduzidos e isolados de chuva, foram penalizadas na granação das vagens; (3) áreas que foram semeadas tardiamente e foram beneficiadas por chuvas durante o ciclo da cultura; (4) lavouras que foram ressemeadas tardiamente, o que aumentou o risco da produção, devido ao descompasso com o ciclo ideal de cultivo. Ademais, quanto aos aspectos fitossanitários, o número de casos de ferrugem-asiática não avançou no Estado durante o último mês, visto que os períodos de estiagem ocorridos em fevereiro não favoreceram a disseminação do fungo, tampouco sua permanência nas lavouras. Em Goiás, a colheita foi favorecida pelo tempo seco em meados de março, atingindo 75% da área semeada total, ainda que esse valor esteja 11 p.p abaixo do observado na última safra.
No Paraná, o Departamento de Economia Rural (DERAL) reportou que a colheita já atingiu 87% da área semeada, em um ritmo que continua expressivamente mais adiantado do que o observado na safra anterior (Figura 1). Dentre as lavouras remanescentes, 76% delas estão em boas condições fitossanitárias, 23% em condições intermediárias e 2% em condições ruins. As altas temperaturas e a diminuição das chuvas, sobretudo nos dois primeiros decêndios de março, favoreceram o andamento da colheita, mas prejudicaram a produtividade das lavouras em enchimento de grãos. As chuvas registradas no final de março no Paraná aliviaram parcialmente os efeitos das altas temperaturas. No Rio Grande do Sul, a EMATER/RS reportou que 3% da área projetada foi colhida, isso ocorre pois o Estado apresentou uma semeadura mais tardia. Portanto, predominam os estádios de enchimento de grãos (59% das lavouras) e de maturação (27%), que, de um modo geral, estão sob condições climáticas favoráveis, com ocorrência de chuvas alternadas com dias de intensa luminosidade na maior parte do território. As chuvas que ocorreram em março foram cruciais para a recuperação das lavouras que estavam sob déficit hídrico desde fevereiro. No entanto, a região oeste do território gaúcho registrou volumes muito intensos de chuva, os quais levaram à interrupção da colheita e dos tratos fitossanitários, além de danos por erosão. O controle de doenças segue sendo realizado, com atenção especial à ferrugem-asiática, cuja incidência foi precoce no Estado e continua preocupando os produtores, totalizando 110 casos reportados no Consórcio Antiferrugem (Figura 2).
No Matopiba, de um modo geral, as lavouras estão em boas condições, porém a colheita segue atrasada em relação ao ano anterior, exemplos disso são os estados do Tocantins e Piauí, onde a área colhida está 20 p.p e 26 p.p abaixo do observado na última safra, respectivamente. Nos estados da Bahia e Maranhão, os valores estão mais próximos aos do ano passado, ainda que um pouco abaixo. A principal razão desses atrasos se dá pela estabilidade de chuvas na região, que paralisaram as operações de colheita em algumas áreas. De acordo com a Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (AIBA), a incidência de mosca-branca está sendo um dos maiores desafios fitossanitários da safra atual no Estado, visto que a multiplicação da praga foi favorecida pelas altas temperaturas e dias prolongados de estiagem, assim, os produtores vêm aumentando a aplicação de defensivos.
A semeadura da primeira safra de milho foi finalizada na primeira semana de março, segundo dados da Conab. As operações de colheita avançam satisfatoriamente, com 42,8% da área semeada já colhida, um valor próximo ao reportado na safra 2022/23, quando 41,9% haviam sido colhidos. No entanto, há discrepâncias entre os estados no que diz respeito à evolução da colheita: o Paraná já colheu 91% de sua área, enquanto as operações ainda estão incipientes na Bahia, com apenas 2,6% da área colhida, um contraste em relação à safra passada, quando a colheita já havia alcançado 40% do território baiano.
Em Minas Gerais, a colheita contemplou 28% da área semeada e foi beneficiada pela redução das chuvas e da umidade no Estado durante o mês de março em relação a fevereiro. Na Bahia, as lavouras estão se encaminhando para o final do ciclo e é esperada redução de produtividade devido aos fatores climáticos, principalmente a estiagem que acometeu o Estado no início do ciclo do milho, e aos aspectos fitossanitários, com destaque aos ataques de mosca-branca e de cigarrinha-do-milho. Há heterogeneidade entre as regiões do território baiano; no Oeste, as lavouras apresentam bom desenvolvimento, beneficiadas pelas chuvas de fevereiro e março. No entanto, no centro-norte e no centro-sul, a redução das chuvas prejudicou o desenvolvimento das plantas e o potencial produtivo sobretudo das lavouras que estavam no estádio de florescimento, muito sensível ao déficit hídrico.
Os maiores incrementos de área colhida foram reportados na Região Sul do país, de acordo com a Conab, principalmente no Paraná e no Rio Grande do Sul. No Paraná, o DERAL/PR reportou que 91% da área semeada de milho primeira safra foi colhida e que, das lavouras remanescentes, 13% estão finalizando o ciclo em condições desfavoráveis, 37% em condições intermediárias e 50% em boas condições. Os resultados obtidos estão aquém ao esperado e isso se deve, principalmente, ao excesso de chuvas e à baixa luminosidade que acometeram a cultura durante a germinação e o desenvolvimento inicial, comprometendo a formação do estande de plantas. Não menos importante, a falta de chuvas e as altas temperaturas que ocorreram no Estado a partir de dezembro de 2023, bem como a maior severidade de doenças, como o enfezamento, também prejudicaram as lavouras e impactaram a produtividade. No Rio Grande do Sul, segundo a EMATER/RS, a colheita da primeira safra do milho atingiu 74% da área semeada. As chuvas registradas na segunda quinzena de março mantiveram bons teores de umidade do solo, mas impediu o avanço da colheita e causou acamamento em algumas áreas. De acordo com o último levantamento da EMATER/RS, houve queda nas expectativas iniciais de produtividade, que passaram de 7.414 kg/ha para 6.464 kg/ha, devido às penalizações ocasionadas pelo clima adverso. Apesar disso, espera-se uma produção de 5,23 milhões de toneladas, um aumento de 32,32% ante a safra passada, que foi profundamente impactada pela estiagem. Foram reportadas quebras principalmente no milho cultivado precocemente, que foi prejudicado pelo excesso de chuvas no início da safra 2023/24, o que levou a perdas devido à lixiviação de nutrientes, à erosão e ao favorecimento de algumas doenças.
Quanto à segunda safra do milho, o último levantamento da Conab indica que a semeadura se encaminha para o final, com as operações concluídas em 96,8% da área. Os estados mais atrasados em relação ao mesmo período na safra 2022/23 são Piauí e Minas Gerais. No Mato Grosso, a semeadura foi finalizada no mês de março e foi feita dentro da janela ideal de cultivo (Figura 3). As condições climáticas, notadamente os bons volumes de chuva e a incidência de radiação solar, estão favorecendo o estabelecimento da cultura e o desenvolvimento das lavouras do Estado. Além disso, até o momento, não foram reportadas ocorrências significativas de doenças e de pragas. No Mato Grosso do Sul, por outro lado, apesar de a semeadura ter atingido uma área significativamente superior à reportada para o mesmo período na safra passada (94% contra 74%), as condições climáticas não estão favoráveis à cultura e têm sido reportadas lavouras sob estresse hídrico e com redução de produtividade principalmente nas regiões sudoeste e leste. Em Goiás, a semeadura foi finalizada (Figura 3) e as lavouras estão demonstrando desenvolvimento satisfatório, favorecidas pela boa umidade do solo e pelos períodos de sol. No entanto, a incidência de cigarrinha tem preocupado os produtores goianos, que recorrem à aplicação de inseticidas.
No Paraná, o DERAL/PR reportou que a semeadura alcançou 99% da área prevista (Figura 3) e as lavouras estão predominantemente em desenvolvimento vegetativo e em floração, sob condições favoráveis (86% das lavouras) ou intermediárias (12%). A falta de chuvas e as temperaturas elevadas que ocorreram em março, com destaque à ocorrência de uma nova onda de calor, foram prejudiciais ao desenvolvimento da cultura, especialmente nas áreas semeadas mais precocemente, que já estavam em floração. Nas regiões oeste e centro-oeste do Paraná, há apreensão de que, mesmo que ocorram volumes satisfatórios de chuva, as lavouras não consigam se recuperar desse estresse. Na região sudoeste, por sua vez, as lavouras estão se desenvolvendo bem e são esperadas produtividades dentro ou acima da média.
A semeadura da safra de algodão foi concluída durante o mês de março e os dados referentes à colheita ainda são incipientes. De forma geral, a safra está se desenvolvendo bem no país, favorecida pelas condições climáticas, e são esperados bons rendimentos. No Mato Grosso, as lavouras estão principalmente em estádios de florescimento e de abertura de capulhos, favorecidos pelo equilíbrio entre chuva e dias ensolarados. Com a semeadura finalizada, o IMEA projetou que cerca de 264 mil ha foram destinados ao cultivo do algodão de primeira safra, e 1,1 milhão de ha à segunda safra, o que representa aumentos de 42,6% e 8,3% em relação à safra 2022/23, respectivamente. Isso se deve a uma combinação de fatores, dentre os quais se destaca o clima adverso durante a semeadura da soja, que levou muitos produtores a antecipar a safra de algodão em detrimento à ressemeadura da soja, além da queda nos preços do milho e a redução do custo de produção do cotonicultor. Em Goiás e no Mato Grosso do Sul, as lavouras têm sido favorecidas pelas condições climáticas. Os volumes de chuva na região norte do Mato Grosso do Sul, apesar de menores em relação a outros anos, têm sido suficientes para assegurar o bom desenvolvimento das lavouras de algodão. Do mesmo modo, no Matopiba, foram reportadas ótimas condições nas lavouras, sem ocorrências significativas de pragas ou de doenças. Em São Paulo, por outro lado, as condições são mais desafiadoras, a ocorrência de altas temperaturas aliadas à diminuição das chuvas aumentou a pressão de mosca-branca, pulgão e tripes.
A semeadura da safra 2023/24 de arroz foi concluída no mês de março, com avanço relativamente lento da colheita em todo país. A área colhida representa 24% da área semeada, um valor aquém ao registrado para o mesmo período na safra anterior, quando 35% da área já havia sido colhida, segundo dados divulgados pela Conab. Esse atraso é alavancado principalmente pelo Rio Grande do Sul, cuja área colhida reportada representa apenas metade do total colhido na safra passada (17% contra 34%, respectivamente), e por Tocantins, que está 15 p.p. abaixo do registrado no ano anterior, totalizando 40% da área colhida (Figura 4). Por outro lado, as operações seguem avançadas em Santa Catarina e em Goiás.
No Rio Grande do Sul, a colheita do arroz atingiu 17% da área semeada (Figura 4) e a EMATER/RS reportou que a maior parte das lavouras está nos estádios de maturação e de enchimento de grãos. As lavouras em florescimento foram prejudicadas pelas baixas temperaturas, entre 10ºC e 13ºC, ocorridas em alguns municípios da Fronteira Oeste e da Campanha. Em meados de março, a ocorrência de uma frente fria causou chuvas intensas e fortes rajadas de vento na Região Sul do país, o que interrompeu as operações de colheita no Rio Grande do Sul e causou danos nas lavouras de arroz devido ao acamamento das plantas. Em Santa Catarina, os dias de sol favoreceram o avanço da colheita, que já alcançou 75% da área semeada (Figura 4), e a qualidade do arroz colhida é considerada boa. No entanto, há uma disparidade entre os avanços das operações nas regiões norte e sul do Estado: no norte, a colheita está praticamente finalizada e, no sul, as lavouras ainda estão predominantemente em fase de florescimento, devido ao atraso na semeadura e na ressemeadura.
No Mato Grosso, a colheita segue conforme o esperado e já contemplou 15% da área semeada (Figura 4), onde estão sendo obtidos resultados satisfatórios de rendimento e de qualidade dos grãos. Em Goiás, a colheita segue avançada e já alcançou 32% da área prevista, apesar do ritmo mais lento apresentado no início de março devido às chuvas registradas nas áreas de tabuleiro. Em Tocantins, as lavouras que ainda não foram colhidas estão em maturação e, à medida que a colheita avança, os rendimentos têm se mostrado superiores aos obtidos inicialmente, resultado das chuvas bem distribuídas nas lavouras.
A colheita da primeira safra de feijão alcançou mais da metade da área semeada, totalizando 52,8%, segundo dados da Conab. Esse valor está visivelmente abaixo ao reportado no mesmo período na safra passada, quando a colheita já havia atingido 72,7% da área. O atraso está sendo alavancado principalmente pela Bahia (apenas 14,7% colhidos contra 88% na safra anterior). O atraso expressivo na evolução da colheita na Bahia se deve aos atrasos na semeadura e ressemeadura, decorrentes do longo período de estiagem que acometeu o território baiano. À medida que a colheita avança, são reportadas condições discrepantes entre as regiões. Na região centro-norte, as lavouras têm apresentado rendimento abaixo do esperado, devido ao déficit hídrico no início do ciclo e à incidência de mosca-branca, que foi favorecida pelas condições mais secas. Já no centro-sul e no oeste, as lavouras estão se desenvolvendo bem e são esperados bons rendimentos.
No Rio Grande do Sul, a EMATER/RS reportou que a colheita do feijão primeira safra alcançou 65% da área semeada e estão sendo obtidos grãos com alta qualidade. As operações estão mais defasadas na região nordeste, na qual as lavouras ainda estão em maturação, devido à semeadura mais tardia. Quanto ao feijão de segunda safra, os produtores estão direcionando os esforços para a aplicação de fungicidas, uma vez que o aumento da umidade relativa do ar atrelado às temperaturas mais elevadas pode favorecer a ocorrência de antracnose. No Paraná, a semeadura da segunda safra de feijão foi finalizada, com exceção de algumas lavouras pontuais na região sudoeste. O DERAL/PR reportou que a maior parte das lavouras está sob condições favoráveis ao desenvolvimento das plantas (93%), as quais estão distribuídas entre os estádios de desenvolvimento vegetativo, floração e frutificação, fases de elevada demanda hídrica, o que aumenta a preocupação quanto à redução das chuvas e as altas temperaturas no Paraná.
Com informações do Sistema TEMPOCAMPO (1/4/2024)