A Série Produtor Rural, editada desde 1997 pela Divisão de Biblioteca da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), acaba de editar três novos títulos: Fraude em alimentos de origem animal; Avaliando a carcaça e a carne bovina; Braquiárias: Ecofisiologia.
O objetivo dessas cartilhas é o de publicar textos acessíveis aos produtores com temas diversificados e informações práticas, contribuindo para a extensão rural.
Destaca-se que a série contribui com o item 2 dos 17 objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da ONU: Fome Zero e Agricultura Sustentável.
Fraude em alimentos de origem animal
Esta cartilha foi lançada com o objetivo de levar informações aos consumidores, de forma simples e com rápida leitura, sobre os principais tipos de fraude em alimentos, além de investir na educação e na ciência para que avanços tecnológicos permitam a maior produção de alimentos seguros e metodologias sustentáveis e eficientes de detecção de fraude em alimentos.
A fraude em alimentos ou fraude alimentar é definida como atividade ou ato de enganar o consumidor para obtenção de ganhos econômicos sejam eles por meio da substituição, adição, diluição intencional de um alimento, matéria-prima ou a falsificação de um produto.
Os principais tipos de fraudes praticadas em alimentos são adulteração, substituição e falsificação, sendo estas responsáveis por prejuízos financeiros na ordem de 10 % do total de alimentos produzidos e distribuídos mundialmente. Estes tipos de atividade ilícita causam ainda, prejuízos no âmbito de saúde pública uma vez que trazem riscos de ocorrência de alergias e agravamento de doenças metabólicas como diabetes, hipertensão, problemas renais e cardíacos.
A fraude em produtos de origem animal preocupa o consumidor que apresenta escolhas alimentares baseadas em religião, comportamentos ou motivos de saúde. As ações governamentais voltadas para a segurança dos alimentos estão em contínua atualização de métodos de detecção e combate à fraude, em que novas tecnologias científicas são aplicadas.
Autores
Débora de Campos (Esalq/USP)
Simara Larissa Fanalli (Esalq/USP)
Laura Voigt Pian (Esalq/USP)
Janaina Lustosa Gonçales (Esalq/USP)
Natália Peccin Biarzolo (Esalq/USP)
Julia Helena Rocha (Esalq/USP)
Albino Luchiari Filho (Esalq/USP)
Aline Silva Mello Cesar (Esalq/USP)
Na versão impressa há custos de impressão e de frete, enquanto que na versão digital há download gratuito .
Avaliando a carcaça e a carne bovina
O objetivo desta cartilha é demonstrar os mais variados meios de avaliação da carcaça e da carne bovina, permitindo que, desde a produção até a mesa do consumidor, meios padronizados de avaliação permitam uma visão clara e objetiva daquilo que buscam.
No exemplar é relatado que todo alimento ao ser produzido passa por diferentes etapas de produção e processos resultando em produtos finais que podem apresentar características diferentes. Essas diferenças são importantes uma vez que afetam a qualidade e o rendimento desses produtos.
A carne bovina não é diferente, pois a produção de um bovino envolve diferenças como no sexo do animal, na raça, no tipo de alimentação fornecida, no grau de acabamento de gordura, dentre inúmeras outras características que afetam a qualidade do produto final.
Em última análise, a cartilha orienta como avaliar as carcaças e a carne bovina de forma padronizada e reproduzível.
Autores
Albino Luchiari Filho (Esalq/USP)
Aline Silva Mello Cesar (Esalq/USP)
Na versão impressa há custos de impressão e de frete, enquanto que na versão digital há download gratuito .
Braquiárias: ecofisiologia
Historicamente, o potencial das braquiárias para uso agronômico foi reconhecido cerca de 60 anos atrás, limitando-se, na época, a uma parcela do território australiano. Com o tempo, a utilização do gênero ganhou espaço em outros continentes, demarcando seu sucesso como planta forrageira. Nesse sentido, a grande adaptabilidade das braquiárias aos solos pobres e ácidos, sua fácil multiplicação por sementes, boa capacidade competitiva contra invasoras, aliadas ao bom desempenho animal em comparação às espécies nativas, ajudam a explicar sua rápida expansão territorial nos trópicos.
A cartilha envolve um estudo relevante para pastagens, cobertura e estruturação do solo, produção de forragem; abrangendo desde a origem até estratégias para altas produções, passando pela sua classificação, propagação, desenvolvimento, efeitos de fatores ecológicos, relações hídricas, solos e nutrição, efeitos de biorreguladores, fotossíntese, florescimento e frutificação, zoneamento agroclimático e adaptações ao meio ambiente.
Das espécies cultivadas para produção animal, as dos gêneros Urochloa e Brachiaria estão entre as mais utilizadas em relação a sua distribuição, tornando-se naturalizada em todo trópico úmido e subúmido. Assim como outras gramíneas dos gêneros, a espécie foi amplamente encontrada em toda região tropical da África.
Autores
Paulo Roberto de Camargo e Castro (Esalq/USP)
Ricardo Alfredo Kluge (Esalq/USP)
Marcia Eugenia Amaral Carvalho (Esalq/USP)
Marcio Souza da Silva (Esalq/USP)
Raphael Denys Fava (Esalq/USP)
Artur Bernardeli Nicolai (Esalq/USP)
Natália Couto Salib (Esalq/USP)
Disponível apenas para download (gratuito).
Texto: Alicia Nascimento Aguiar | MTb 32531 | 28.11.2023