Altos índices de umidade nos primeiros meses do ano indicam cenários de alta na produtividade
O Sistema TEMPOCAMPO, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP) divulgou este mês um boletim especial sobre o milho de segunda safra. Trouxe informações das influências do clima na safra 2023 de milho no Brasil. Considerando a alta umidade do solo desde o início de 2023, o Sistema TEMPOCAMPO estimas altas produtividades para esta cultura. Segundo o coordenador do programa, professor Fabio Marin, as condições de chuva e armazenamento de umidade no solo nos três primeiros meses formaram a base da produtividade nos estados de São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Matopiba.
“Mesmo com a queda na umidade em abril no Triângulo Mineiro e Goiás, seguimos com índices satisfatórios em São Paulo, Mato Grosso, Tocantins e outras regiões produtoras. Assim chegamos ao mês de maio ainda com números que favorecem a cultura do milho”.
Além dos dados de chuva, foram positivos os parâmetros de radiação solar, velocidade do vento e temperatura. “Esse conjunto de dados foram inseridos no modelo do Sistema TEMPOCAMPO e assim geramos o indicador CPC, Coeficiente de Produtividade Climática, que na prática quantifica em sacas de milho entregues ao produtor, resultado condicionado às condições climáticas”.
Assim o TEMPOCAMPO consegue gerar três cenários possíveis e, no panorama intermediário, os ganhos obtidos pelo clima são muito expressivos para o milho segunda safra 2023. Em termos de produtividade, teremos altas taxas nos estados de Minas Gerais (19%), Goiás (19%), Tocantins (17%), Piauí (17%), Maranhão (16%) e São Paulo (11%).
Confira a análise completa em https://www.youtube.com/watch?v=LFvkIpNWzK8&t=284s.
Saiba mais em www.tempocampo.org.br
Texto: Caio Albuquerque