Com base no plano de investimentos da Reitoria da Universidade de São Paulo, anunciado em junho deste ano, a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) iniciou um trabalho de planejamento para definir parâmetros de contratações de futuros docentes.
Na última quinta-feira, 20/10, dirigentes e docente da unidade estiveram reunidos para uma atividade denominada “Oficina de Harmonização de Solicitação de Claros Docentes”. A iniciativa é da Diretoria da Esalq, por meio da Comissão de Atividades Docentes (CAD).
“Essa ação tem como objetivo principal responder quais estratégias a Esalq colocará em prática para justificar a contratação de novos docentes, mantendo nossos valores no Ensino, na Pesquisa e na Extensão, de maneira a atender com excelência as demandas da sociedade ”, disse o diretor da Escola, professor Durval Dourado Neto.
Palestra – Para entender o contexto da Universidade e como ela se relaciona com o momento atual, o primeiro momento da programação foi a palestra "A USP, a formação de novos profissionais e os desafios da atual revolução industrial", proferida por Jacques Marcovitch, professor titular e ex-reitor da USP. Marcovitch. Em sua apresentação, o docente mapeou as concepções da Universidade. “A universidade está ancorada nas concepções Liberal, Utilitária, de Pesquisa e Social. Em suma, devemos formar profissionais com a essência crítica, com valores de cidadania, aptos a construir o conhecimento e capazes de resolver problemas e demandas sociais de saúde, educação, nutrição e renda”, apontou Marcovitch.
Segundo o professor Luis Eduardo Aranha Camargo, presidente da CAD, a oficina considera o plano da reitoria da USP, que atribui à Esalq a contratação de 44 docentes no período 2023 a 2025, “Com essas contratações, nos próximos três anos, poderemos repor 80% das aposentadorias ocorridas desde 2013. Essa oficina é um exercício que envolve todos os departamentos com o propósito de construirmos os planos que justificarão cada uma das vagas autorizadas de forma a cobrimos as necessidades dos eixos de atuação da USP”.
World café – Após a palestra do professor Marcovitch, a oficina reuniu os docentes em duas salas para opinarem sobre seis questões norteadoras, usando uma dinâmica que estimula a manifestação de ideias e capta propostas construídas da forma coletiva. “Assim o trabalho simultâneo em duas salas permitiu a coleta de opiniões de todos os cerca de 70 participantes. Ao final de duas horas, chegamos a um conjunto de pôsteres registrando 179 manifestações”, relatou o professor Luiz Carlos Estraviz Rodriguez, docente do departamento de Ciências Florestais, um dos organizadores da oficina. As sugestões dos docentes ocorreram a partir de manifestações estimuladas por questões norteadoras, entre elas como atender as expectativas de novas contratações de todos os departamentos, como lidar com demandas por vagas similares entre departamentos e como garantir que as novas contratações beneficiarão todos os cursos de graduação e de pós-graduação da Esalq.
No período da tarde, os participantes foram convidados a marcar, com pequenas etiquetas autoadesivas, até três manifestações que consideraram mais relevantes para cada uma das questões norteadoras. “Assim, foi possível identificar as opiniões mais votadas que orientam a síntese apresentada no documento memória do evento”, complementa o professor Estraviz.
Encerrada a fase de votação, a oficina se abriu em plenária para assistir às manifestações da presidente da Comissão de Graduação, Profa. Thaís Vieira, que sintetizou as recomendações de todas as CoC’s da Esalq; manifestação da presidente da Comissão de Pós-graduação, Profa. Patrícia Marques; dos presidentes das Comissões de Cultura e Extensão, Prof. Iran Oliveira, e de Pesquisa, Prof. Ítalo Delalibera. Ao final das explanações dos presidentes, houve abertura da palavra para todos os participantes apresentarem suas considerações finais e sugestões de encaminhamento.
Congregação – No próximo mês de dezembro, a CAD apresentará à Congregação da Esalq uma proposta de distribuição das 44 vagas. “Faremos a união dos planos apresentados pelos doze departamentos acadêmicos e, diante do que discutimos aqui e também elencando os critérios das Comissões Administrativas, vamos eleger as 44 propostas mais relevantes neste cenário. Não se trata de uma proposta meramente quantitativa, mas temos que dar um salto de qualidade, pois isso certamente impactará os índices positivos do nosso Ensino e Pesquisa”, conclui o professor Luis Eduardo Aranha Camargo.
Texto: Caio Albuquerque (25/10/2022)