Piracicaba recebeu, entre os dias 4 e 5 de dezembro, o “USP na Comunidade”, projeto da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária (PRCEU), da Universidade de São Paulo (USP). O evento foi desenvolvido pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), em parceria com a Prefeitura Municipal de Piracicaba.
Instalada no espaço da Estação da Paulista, a carreta da USP "Saúde e Ciência", atendeu cerca de 750 pessoas durante os dois dias do evento. No módulo destinado às ações da saúde da população, foram disponibilizados exames de pressão arterial, diabetes, HIV, Sífilis e Hepatites B e C. Paralelamente, nos módulos com serviços de orientação à comunidade piracicabana, foram disponibilizadas instruções sobre transmissão, prevenção e profilaxias, da febre maculosa e dengue, além de como fazer uma horta em casa, o que plantar e como cuidar das plantas.
Ana Paula Morais Fernandes, docente da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP, e coordenadora do programa USP diversidade, abordou a adesão do público ao projeto USP na Comunidade. “A participação da comunidade foi intensa, com destaque para a área da saúde em que os participantes realizaram Aferição da pressão arterial, Dosagem da glicemia capilar (teste para diabetes), além de testes de HIV, Sífilis, Hepatite B e Hepatite C. Chegamos a atender 750 pessoas durante os dois dias de atividades”.
Murilo Januário Lilli, estagiário da Casa do Produtor Rural – Esalq/USP, evidenciou a necessidade da conscientização da comunidade sobre as diferentes possibilidades de montagem, produção e controle de hortas urbanas, produção de alimentos caseiros e reutilização de materiais para a produção de alimentos não convencionais. “Apresentamos o módulo sobre as hortas caseiras e incentivamos o público começar produzir seu próprio alimento com baixo custo e de forma bastante prática. Todas as pessoas que paravam em nosso estande se interessavam rapidamente, pois entendiam que com materiais recicláveis e que seriam descartados, é possível transformá-los em objetos decorativos e ao mesmo tempo produtivos com um pouco de criatividade. Conseguimos demonstrar a praticidade de se produzir hortaliças em casa e manter uma alimentação saudável. Portanto, foi uma experiência muito gratificante, pois ensinar é a melhor forma de aprender”.
Ana Maria de Meira, educadora ambiental do Programa USP Recicla, da Prefeitura do Campus USP Luiz de Queiroz, abordou a necessidade da conscientização sobre a Dengue. “Nosso objetivo foi dialogar com as pessoas e alertar o público sobre à prevenção contra a enfermidade, mostrar ações de combate ao mosquito Aedes e cuidados com os resíduos gerados no dia a dia. Realizamos ações educativas para demonstrar o ciclo reprodutivo, fases do mosquito, como reconhecer e diferenciar o mosquito, a maneira correta do descarte desses resíduos que se realizados do modo correto elimina a possibilidade de criadouros no local, mostramos os danos causados à saúde, além do papel fundamental do cidadão para evitar a propagação do mosquito. A dengue precisa ser combatida e os participantes entenderam esse propósito”.
André Pinheiro Almeida, membro da Comissão Técnica Permanente de Prevenção e Controle da Febre Maculosa da Esalq, destacou o principal objetivo desenvolvido pelo grupo durante o encontro. “Piracicaba é uma região endêmica, e o papel fundamental do grupo foi evidenciar os sintomas e cuidados necessários para prevenir a Febre Maculosa. Por fim, destaco que tivemos um grande número de participantes com a presença de aproximadamente 300 pessoas em nosso tema e, assim, entendemos que o saldo foi bastante positivo”.
O visitante Lemuel Saulo Santos Pissinato, do grupo de escoteiros Vigilantes da Colina, ressaltou o aprendizado obtido no projeto USP na Comunidade. “Essas atividades ajudam a alertar a população sobre a necessidade de prevenir algumas doenças fatais, permitem uma maior conscientização das pessoas sobre a relevância de uma boa saúde, além do aspecto educativo sobre temas que muitas vezes são “esquecidos” pelas pessoas, um deles, a Febre Maculosa”.
Simone da Silva Pires Medina, uma das participantes do evento, falou sobre o conhecimento adquirido no projeto. “Conscientizar as pessoas sobre a Febre Maculosa, Dengue e Horta é de extrema importância porque podemos levar o que foi ensinado para o nosso dia a dia, o cuidado com a saúde, as plantas e a diminuição do lixo fazem toda a diferença na vida das pessoas. Agradeço a Esalq pela iniciativa”.
USP na Comunidade- O projeto tem o objetivo de levar ações desenvolvidas por pesquisadores, alunos e servidores da Universidade para toda a população do Estado de São Paulo, por meio de duas unidades móveis equipadas com salas de aula e telas de projeção para apresentações externas, e capazes de transportar uma ampla variedade de materiais didáticos e científicos. As atividades são baseadas nos Objetivos de Desenvolvimento sustentável (ODS) da Organização da Nações Unidas (ONU). A meta é promover a integração com as comunidades locais e contribuir para melhorias na qualidade de vida, permitindo que docentes, estudantes de graduação e de pós-graduação, além de servidores da USP, promovam atividades de extensão em suas áreas de especialização.
A coordenação local ficou a cargo da Comissão de Cultura e Extensão Universitária (CCEx) e Comissão de Relações Institucionais (CRInst) da Esalq.
Texto: Gabriel Perin Estagiário de Comunicação/Revisão: Alicia Nascimento Aguiar- Mtb 32531|09/12/2021
