Intercâmbio na Noruega resulta em aprovação de trabalho em congresso internacional

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Belachew Asalf Tadesse (Etiópia), Vinh Hong Le (Vietnã) e Claudio Dias Silva Junior (acervo pessoal)
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Em 2018, o estudante Claudio Dias da Silva Junior, do quinto ano de Engenharia Agronômica, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), realizou um intercâmbio de cinco meses na Noruega. Estagiário do laboratório de fungos fitopatogênicos da Esalq, Claudio aproveitou a estadia na Europa para realizar, no Norwegian Institute of Bioeconomy Research (NIBIO), etapas do estudo sobre uso da “Sauna de Plantas” para controle de oídio em transplantes de morango.

Na Esalq, o graduando tem orientação do professor Nelson Sidnei Massola Júnior e, na Noruega, contou com apoio do professor Arne Stensvand. “No meu trabalho, foram realizados experimentos para saber a viabilidade de utilizar este equipamento, que normalmente é utilizado para limpeza de material, para controlar a doença fúngica oídio do morangueiro sem causar danos às plântulas”, explica. Segundo o esalqueano, os resultados foram muito positivos, mostrando que é possível controlar a doença sem causar danos às plântulas. “Além disso, observamos também que alguns pulgões que estavam presentes nas plantas também foram controlados, dando um indício de que o equipamento tem a possibilidade de ser amplamente usado no combate de pragas e doenças desde que mais experimentos sejam realizados para confirmar essa possibilidade”, complementa.

Atestando o mérito do trabalho, o estudo foi aprovado para ser apresentado no próximo mês de agosto, em forma de pôster, na American Phytopathological Society (APS), no congresso anual de fitopatologia da APS, a ser realizado nos EUA. Na ocasião, Claudio será representado pelo orientador norueguês.

Intercâmbio – Além da possibilidade de aprimorar seus estudos, o acadêmico salienta que o estágio na Noruega foi uma experiência bastante enriquecedora. “Pude crescer não só como pesquisador, mas também como pessoa. Lá pude conhecer pessoas de vários países e culturas diferentes, e inclusive trabalhei com pesquisadores de diversos países como Vietnã, Etiópia, França, Senegal e, claro, noruegueses”. As diferenças culturais e as dificuldades iniciais de entrosamento com estudantes locais se transformaram em aprendizado para o brasileiro. “Os maiores desafios encontrados no país foram a diferença cultural e a dificuldade inicial de me enturmar, pois com costumes e hábitos diferentes, leva tempo para se adaptar ao local, porém, o crescimento pessoal e profissional foi inestimável. Fiz de cada dificuldade não um incômodo, mas obstáculos necessários em uma grande aventura”.

Texto: Caio Albuquerque (22/07/2019)