Esalq chega a 10 mil títulos outorgados na Pós-graduação

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Nelson Sidnei Massola Junior, Renata Brito e João Roberto Spotti Lopes (crédito: Gerhard Waller)
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A engenheira agrônoma Renata Aparecida dos Santos Brito entra para a história da Pós-graduação da Esalq como a autora do título 10.000 defendido na instituição. Somadas dissertações de mestrado e teses de doutorado, a Esalq atingiu a marca histórica com a defesa da tese da Renata, realizada em 22 de março.

“Atingir 10 mil títulos é um número muito expressivo, certamente estamos entre as pioneiras a atingir tamanho número de profissionais formados na pós-graduação, considerando, claro, a pós-graduação strictu senso, comenta o professor Luis Fernando Cônsoli, presidente da Comissão de Pós-graduação da Escola.

Cônsoli lembrou que a relevância dessa marca mostra que a Esalq tem um papel importante na formação de pós-graduandos para a nucleação de novos centros de pesquisa. “A pós-graduação da Esalq é disseminadora de profissionais de gabarito, extremamente bem qualificados para o mercado seja junto às universidades e institutos de pesquisa, que absorvem esses profissionais. Temos ainda uma grande porcentagem desses egressos contratados pela iniciativa privada. Alguns dos nossos programas apresentam índices acima de 90% de colocação no mercado de trabalho e esses profissionais continuam a desenvolver atividades de ensino, pesquisa e extensão qualificada na área”.

Pioneira nessa modalidade de ensino na USP, a Esalq inaugurou os primeiros programas de pós-graduação em 1964 e, desde então, oferta programas de excelência reconhecidos pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), órgão regulador que faz a avaliação dos programas no País. “A pós-graduação da Esalq sempre foi bem qualificada junto à Capes. Somos a unidade da USP com maior quantidade programas de excelência nacional e internacional, o que mostra a pró-atividade do nosso corpo docente, por exemplo”, complementa Cônsoli.

10.000 – O registro do décimo milésimo título defendido na Esalq foi realizado na reunião de março da Congregação, ocorrida hoje a tarde, quando a autora da pesquisa e seu orientador receberam um diploma de mérito. O trabalho da engenheira agrônoma Renata Brito foi desenvolvido no Programa de Fitopatologia, sob orientação do professor Nelson Sidnei Massola Junior, do departamento de Fitopatologia e Nematologia. Massola explica que o estudo aborda a antracnose, uma doença emergente em soja. Em laboratório, a pesquisadora percebeu uma tendência de algumas linhagens de fungos causadores não causarem a doença. “Então fomos investigar porque alguns desses patógenos não causavam a doença. Isso dá margem para estabelecermos mecanismos de controle dessa enfermidade no campo. A tese da Renata abriu algumas portas, entre elas essa de poder controlar a doença usando fungos que infectam a planta, porém não causam a doença, ou a tornam mais resistente. Ainda é uma descoberta nova e outros estudantes certamente darão sequência nessa linha de pesquisa”, comenta Massola.

Representando uma qualificada legião de egressos pós-graduandos, Renata espera poder corresponder a essa marca. Sua defesa ocorreu no dia 22 de março e o resultado foi positivo. “É uma honra ser a tese 10 mil, foi uma surpresa enorme, pois fiz minha graduação na Esalq e eu sei como foi difícil toda essa caminhada. Espero estar representando bem”, declarou.

Texto: Caio Albuquerque (28/03/2019)