Agrodestaque entrevista Marcelo Machado Leão

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Engenheiro agrônomo formado na Esalq na turma de 2002, Marcelo Machado Leão (Crédito: Gerhard Waller)
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Trajetória e atuação profissional.

Sou formado na Esalq, como Engenheiro Agrônomo, em 2002. Completei o mestrado (2006) e o doutorado (2012), em Ciências Florestais e, mais recentemente, o pós-doutorado (2015). Mantenho contato direto como a instituição, como professor do curso de Gestão Ambiental, coordenado pelo Instituto Pecege, além de lecionar como professor convidado em algumas disciplinas da graduação.

Ainda estudante, iniciei minha vida profissional na Propark Paisagismo e Ambiente Ltda., em Piracicaba (SP), empresa fundada em 1971, pelo meu pai, José Flávio Machado Leão, também engenheiro agrônomo formado pela Esalq. Desde então, administro essa empresa e suas coligadas, como sócio-diretor e coordenador de projetos atuando em vários pontos do país.

A que área ou setor se dedica atualmente? Fale um pouco sobre suas atribuições.

Atualmente, desenvolvo, em conjunto com a equipe da Propark, diversos projetos especialmente na área de gestão estratégica, licenciamento ambiental, recuperação de áreas degradadas e reparação de danos ambientais.

Sou também o pesquisador responsável por um projeto de P&D, na área de Tecnologia de Informação, para o desenvolvimento de um software destinado à gestão da vegetação em áreas urbanas, financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), no âmbito do Programa “Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas” (PIPE), que se destina a apoiar a execução de pesquisa científica e tecnológica em pequenas empresas no Estado de São Paulo.

Nosso trabalho torna-se muito importante para o mercado à medida que aumenta a eficácia dos processos, controla inseguranças jurídicas e reduz custos dos estudos, projetos e ações de campo na área ambiental a medida que incorpora a tecnologia da informação.

Quais os principais desafios desse setor?

A maior dificuldade de se trabalhar na área ambiental ainda é a complexidade da legislação incidente. Soma-se isso a ausência de orientações efetivas, por parte dos órgãos públicos, para que as empresas e produtores rurais possam cumprir as leis que regulam as suas atividades.

Acredito que essas dificuldades possam ser minimizadas com o emprego de inovações tecnológicas e programas específicos de difusão de conhecimento.

Que tipo de profissional esse mercado espera?

O mercado exige cada vez mais profissionais com sólida formação, conhecimentos multidisciplinares, que se traduzem na vontade continua de aprimorar seus estudos, pois lidar com a questão ambiental envolve diferentes situações que necessitam de soluções individualizadas. Além disso, muita pró-atividade e persistência.

 

Texto: Gabriela Martins Spolidoro | Estagiária de Jornalismo

Revisão: Caio Albuquerque

Entrevista concedida em 02/08/2018