O professor Pedro Henrique Santin Brancalion, docente do Departamento de Ciências Florestais da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq/USP), foi anunciado vencedor do Prêmio Fundação Bunge. Em sua 63ª edição, a iniciativa reconheceu Brancalion na categoria “Juventude”, área Ciências Agrárias, tema Serviços Ambientais para o Agronegócio.
Além do docente da Esalq, serão premiados, Daniel Munduruku, escritor indígena que preserva sua cultura em livros para crianças, jovens e educadores, na categoria “Vida e Obra” da área de Letras: Literatura Infanto juvenil. Já na categoria “Juventude”, a escolhida foi Nina Krivochein, prodígio de 14 anos, autora de quatro livros, que fazem sucesso entre o público infantojuvenil.
O físico Silvio Crestana, um dos fundadores da Embrapa Instrumentação Agropecuária, receberá o prêmio na categoria “Vida e Obra” na área de Ciências Agrárias: serviços ambientais para o agronegócio. E, nesta mesma área, na categoria “Juventude”, distinguiu-se o engenheiro agrônomo Pedro Henrique Santin Brancalion da Esalq, que será reconhecido pelas inúmeras pesquisas e projetos de extensão para manejo e restauração de florestas nativas tropicais no Brasil.
As indicações ao Prêmio foram feitas pelas principais universidades e entidades científicas e culturais do Brasil e os nomes foram avaliados e selecionados por comissões técnicas formadas por especialistas nas duas áreas de premiação. Os contemplados na categoria “Vida e Obra” vão receber, cada um, medalha de ouro e R$ 150 mil. Na categoria “Juventude”, cada um receberá medalha de prata e R$ 60 mil. A cerimônia de entrega acontecerá em 13 novembro deste ano, na cidade de São Paulo (SP).
O tradicional Prêmio Fundação Bunge foi criado em 1955 como forma de incentivo a inovação e disseminação de conhecimento e para reconhecer profissionais que contribuem para o desenvolvimento da cultura e das ciências no Brasil, além de estimular novos talentos. Desde então, mais de 190 personalidades já foram homenageadas.
Pedro Brancalion – É engenheiro agrônomo formado na Esalq em 2005 e atua como professor de Silvicultura de Espécies Nativas no Departamento de Ciências Florestais. Coordena o Laboratório de Silvicultura Tropical (LASTROP) e desenvolve pesquisas e projetos de extensão que visam desenvolver conhecimento e tecnologia para manejar e restaurar florestas nativas tropicais de forma economicamente viável e com inclusão social, tendo em vista a coexistência equilibrada dessas florestas com a agricultura e pecuária em paisagens modificadas pelo homem.
Esalqueanos premiados anteriormente - Em anos anteriores, outros esalqueanos foram premiados na área de Ciências Agrárias. Em 1982, Eurípedes Malavolta, em Agronomia (Vida e Obra). No ano de 1988 foi a vez de Adriano Julio Barros Vicente de Azevedo Filho, em Economia Rural (Juventude). Já no ano de 1994, dois esalqueanos foram contemplados: Luiz Ernesto G. Barrichelo, em Engenharia Florestal (Vida e Obra), e Gerd Sparovek, em Solos Agrícolas (Juventude). Em 2005, Ernesto Paterniani venceu em Agronegócio (Vida e Obra). Nilson Villa Nova venceu em 2008, na área Agrometeorologia (Vida e Obra). Em 2009, em Agricultura Tropical, foram dois contemplados: João Lúcio de Azevedo (Vida e Obra), e Carlos Eduardo Pelegrino Cerri (Juventude). Em 2011, na área de Defesa Sanitária Animal e Vegetal, José Roberto Postali Parra (Vida e Obra). Em 2013, em Recursos Hídricos/Agricultura, conquistou o prêmio Klaus Reichardt (Vida e Obra). Em 2014, Fernando Dini Andreote em Produtividade Agrícola Sustentável (Juventude). Em 2016, na área Infraestrutura de Transportes, venceu o professor José Vicente Caixeta Filho (Vida e Obra).
Texto: Alicia Nascimento Aguiar (15/08/2018)