A doutoranda em Genética e Melhoramento de Plantas, Lourdes Chavarría Pérez, participou, de 3 a 5 de julho, do "7th World Summit on Plant Genomics", realizado em Bangkok, Tailândia. O evento teve como tema “Frontiers in plant genomics: From discovery to applications” e, na oportunidade, a esalquena participou com a apresentação de pôster "Lipoxygenase 2 (LOX2) and neomenthol dehydrogenase expression in sweet passion fruit (Passiflora alata) genotypes infected with Xanthomonas axonopodis". A este pôster foi outorgado o certificado "Best Poster Award".
A pesquisadora enfatiza que o fato de participar em congressos ou simpósios internacionais permite uma atualização global sobre os principais temas em discussão no nosso ramo de pesquisa. “Neste caso em específico, de grande importância para o futuro da agronomia, já que o foco central foi sobre as novas descobertas da genômica de plantas até suas aplicações práticas na agricultura”.
Lourdes acrescenta que, além disso, permite o debate entre os profissionais que atuam na área tanto em empresas como em instituições de pesquisa. “Ter a oportunidade de apresentar nosso trabalho em um evento com a participação de pesquisadores internacionais, onde se discutem e se debatem ideias novas, diferentes, que te guiam e orientam sobre o processo a seguir já é um privilegio, e ganhar um reconhecimento pelo seu trabalho, deixa uma satisfação muito grande por saber que os esforços da nossa equipe inteira de trabalho estão sendo bem e acertadamente direcionados”.
O trabalho – O estudo apresentado na Tailândia teve como objetivo quantificar a expressão das enzimas Lipoxigenase 2 (LOX2) e Neomenthol dehydrogenase em maracujá-doce, em resposta à infecção pela bactéria Xanthomonas axonopodis, sendo ambos os genes relacionados com a resposta de defesa em plantas.
“Com os resultados obtidos, sugerimos que a resposta de defesa à inoculação bacteriana é diferente em maracujá-azedo e doce. A resposta se deve à interação de um conjunto de genes que causam um forte desenvolvimento da lesão foliar em maracujá-azedo, enquanto no doce há o aborto precoce das folhas, evitando a disseminação sistêmica da doença. Nossos resultados poderão assistir a seleção de genótipos superiores com base na qualidade dos frutos, e também na resposta das plantas à infecção bacteriana”, comenta Lourdes Chavarría Pérez.
A pesquisa tem como orientadora a Professora Maria Lucia Carneiro Vieira, do Departamento de Genética.
Texto: Caio Albuquerque (19/07/2017)