Atuação profissional
Engenheiro florestal formado em 2010. Após concluir a graduação, fui convidado a assumir a cadeira de Diretor de Meio Ambiente do Departamento de Meio Ambiente de uma Prefeitura do interior de SP, posteriormente, devido ao meu envolvimento com processos de licenciamento ambiental, bem como interface com órgãos ambientais do governo, trabalhei como consultor ambiental em empresas de Engenharia e Meio Ambiente na cidade de São Paulo. Em 2012, entrei para o terceiro setor, o qual estou atuando até os dias atuais, trabalhando com projetos de conservação da biodiversidade, restauração florestal, planos de manejo de áreas protegidas e pagamento por serviços ambientais, tendo também trabalhado organicamente na coordenação e gerenciamento técnico em ONGs nacionais e internacionais de grande porte e expressão. Em paralelo, continuei minha carreira acadêmica realizando Pós Graduação em Gestão dos Recursos Naturais e, atualmente, realizo o Mestrado profissional em Sustentabilidade na Gestão Ambiental.
A que área ou setor se dedica atualmente? Descreva as atribuições pertinentes ao cargo que ocupa. Qual a importância delas para o mercado?
Atualmente, auxilio na gestão dos Fundos de Água da América Latina, um projeto internacional protagonizado pela The Nature Conservancy, pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID, o Global Environmental Facility – GEF e a Fundação FEMSA. O objetivo dos Fundos de Água da América Latina é captar recursos e propor ações de conservação nas principais bacias hidrográficas das cidades mais importantes da América Latina e que possuem risco de déficit hídrico, tais como Monterrey (México), Bogotá (Colômbia), São Paulo (Brasil) entre outras. Nesta função, auxilio diretamente a gestão técnica, financeira, desenvolvo painéis de indicadores e monitoro os resultados com as equipes internas dos Fundos de Água, além de realizar interface com órgãos governamentais e empresas privadas relacionadas aos projetos/Fundos.
Quais os principais desafios desse setor?
O principal desafio da conservação no Brasil e no mundo está justamente na governança para o desenvolvimento sustentável dos territórios a serem conservados, uma vez que os mesmos muitas vezes são alvo dos processos de desenvolvimento econômico, sendo justamente o desafio, conservar áreas estratégicas para a produção de serviços ambientais como biodiversidade, solo e água e ao mesmo tempo gerar divisas econômicas.
Que tipo de profissional esse mercado espera?
Esse mercado demanda um profissional que seja polivalente, isto é, tenha amplo conhecimento técnico, mas também uma profunda visão social e política e que saiba integrar os desafios ambientais. Além disso, é importante possuir facilidade de comunicação e articulação entre os diferentes setores da sociedade (setor público, privado e terceiro setor).
Entrevista concedida a Ana Carolina Brunelli, estagiária de Jornalismo
05/082016