O Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) Semioquímicos na Agricultura, formado por pesquisadores do Departamento de Entomologia e Acarologia, da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (USP/ESALQ), foi classificado em terceiro lugar entre 252 propostas aprovadas, segundo o parecer final do Comitê Assessor no CNPq.
O programa criado pelo Governo Federal, que conta com o apoio de agências estaduais que fomentam pesquisas, tem como objetivo impulsionar a pesquisa científica e tecnológica, promovendo o avanço nas devidas áreas de atuação, se responsabilizando diretamente pela formação de jovens pesquisadores e apoiando a instalação e o funcionamento de laboratórios em instituições de ensino e pesquisa e empresas. Na ESALQ deu-se início em 2009, ao lado de 122 INCT’s que foram criados, sendo 19 na USP e 2 aprovados na ESALQ.
O projeto, que é coordenado por Parra, e que tem como vice coordenador o professor José Mauricio Simões Bento, que trabalha especificamente nessa área, formou um grupo muito forte, segundo José Roberto Postalli Parra, tendo como sede a ESALQ e instituições em três estados, Alagoas, Paraná e Minas Gerais. Serão acrescidos ao atual grupo, laboratórios representados pelos estados de Santa Catarina, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e Sergipe, incluindo diferentes áreas, cada uma com um laboratório que representa um núcleo na área de Semioquímicos na Agricultura.
O INCT Semioquímicos na Agricultura, classificado em terceiro lugar, tem por definição Semio que significa sinal, e químicos que significa químico, ou seja, são estudos dos sinais emitidos pelos insetos, que exercem atração ou repelência ao seu comportamento. Parra, fala da importância dos estudos. “Dessa forma, conseguimos estudar o comportamento desses insetos, e termos a partir dos estudos, a avaliação de feromônios atraentes e repelentes, assim buscamos formas de desenvolver novos produtos que possam substituir os produtos químicos na agricultura, então são produtos ou patentes aqui desenvolvidas”, concluiu.
Parra também explicou uma das patentes mais importantes desenvolvidas. “Foram desenvolvidas no projeto várias patentes, uma delas chamou bastante atenção, desenvolvida para o controle de uma praga chamada Bicho Furão do citros. Essa praga ataca diretamente, destruindo e provocando sua queda. Para ter uma ideia, o produto aqui desenvolvido evitou que ocorresse uma perda de 1,3 bilhão de dólares para citricultura paulista, que representa 80% da citricultura nacional”, finalizou o coordenador do projeto.
O INCT Semioquímicos na Agricultura manterá o constante intercâmbio de alunos e pesquisadores, promovendo um aumento da produção cientifica e melhoria de qualidade desta produção, favorecendo o crescimento empresarial do agronegócio.
Clique aqui e assista a matéria feita com José Roberto Postalli Parra.
Texto: Caio Nogueira
Revisão: Caio Albuquerque (02/06/2016)