AGROdestaque entrevista Carla Garcia (F-2009)

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Engenheira florestal conta sobre sua atuação na área de produção de celulose e papel (Crédito: Divulgação)
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Atuação profissional

Engenheira florestal formada em 2009, quando estava no último ano da graduação passei no processo seletivo do Programa de Estágio da International Paper do Brasil para atuar em projetos no setor de Pesquisa & Desenvolvimento no Departamento de Melhoramento Genético e Biotecnologia Florestal. Ao final do programa de estágio surgiu a oportunidade de ser contratada para atuar na mesma área. Trabalhei como pesquisadora da área de Melhoramento Genético e Biotecnologia Florestal e em 2010 assumi completamente as responsabilidades da área, onde estou até hoje. Possuo Pós Graduação Latu Sensu em Tecnologia de Produção de Celulose e Papel pela Universidade Federal de Viçosa e Mestrado em Recursos Florestais pela ESALQ. Ambas as pós-graduações foram feitas conciliando trabalho e estudo, pois a empresa ofereceu a oportunidade de me especializar em áreas importantes para o meu cargo.

A que área ou setor se dedica atualmente? Descreva as atribuições pertinentes ao cargo que ocupa. Qual a importância delas para o mercado?

Hoje sou pesquisadora responsável pelo Programa de Melhoramento Genético Florestal da International Paper do Brasil, no Setor de Pesquisa & Desenvolvimento. Esse Departamento tem  como responsabilidade desenvolver e recomendar os melhores clones de eucalipto para produção de celulose e papel. Para isso, é necessário entender o processo como um todo, desde a produção da muda no viveiro, em como este eucalipto irá se desenvolver no campo, até como será seu desempenho em termos de qualidade da madeira na fábrica. Dessa forma, este cargo é extremamente estratégico para as empresas, uma vez que é o departamento responsável por desenvolver os melhores materiais genéticos que serão plantados e poderão garantir os custos competitivos e a qualidade do produto final.

Quais os principais desafios desse setor?

O principal desafio desse setor é gerar as melhores recomendações técnicas de clone e manejo com o objetivo de manter e aumentar a produtividade das florestas, bem como melhorar a qualidade da madeira, principal matéria prima para produção de celulose e papel, promovendo ganhos em termos de qualidade do produto final e redução de custos.

 Que tipo de profissional esse mercado espera?

O mercado espera que os profissionais da área florestal tenham um perfil muito mais versátil, que compreendam desde a genética e estatística por detrás de cada experimento até as características silviculturais que promoverão o máximo potencial produtivo do material selecionado, gerando florestas de qualidade e custos competitivos. Esta compreensão vai além do setor florestal propriamente dito, é essencial entender a dinâmica do processo de produção seja qual for o produto final. No caso da International Paper do Brasil, é fundamental entender as propriedades da madeira que trarão os melhores resultados no processo de produção de celulose e papel, como cada material se comportará no abastecimento fabril e como incorporar todas estas características importantes no seu programa de melhoramento, garantindo a sustentabilidade do processo. Para isso, é esperado um profissional com perfil de liderança para gerenciar projetos com equipe multidisciplinar, garantindo a excelência nas recomendações.

Entrevista concedida a Ana Carolina Brunelli, estagiária de Jornalismo

15/01/2016

Palavra chave: 
Carla Garcia Engenheira florestal celulose e papel