Pecege inicia 12º levantamento de custos de produção de cana-de-açúcar, açúcar, etanol e bioeletricidade no Brasil

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O Programa de Educação Continuada em Economia e Gestão de Empresas (Pecege), da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (USP/ESALQ), inicia em abril  o 12º levantamento de custos de produção de cana-de-açúcar, açúcar, etanol e bioeletricidade no Brasil  da safra 2014/15.

Realizado com o apoio da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA), o estudo tem como objetivo realizar o acompanhamento periódico dos custos de produção sucroenergéticos, gerando indicadores do mercado que possibilitem prospectar as oportunidades e tendências do setor.

Empresas interessadas em participar do levantamento devem acessar o Portal Sucroenergético em www.pecege.esalq.usp.br/portal ou entrar em contato pelo e-mail projetos@ipecege.org.br.  Aos participantes da pesquisa serão disponibilizados relatórios completos do levantamento de custos, uma análise individual (benchmarking) comparativa dentro de cada região e analises personalizadas e exclusivas, que são disponibilizadas no portal de informações sucroenergéticas do Pecege.

O último levantamento (safra 2013/14) apontou que a produtividade agrícola na região Sudeste foi gravemente afetada pelo longo período de estiagem no período.

“Na região Centro-sul tradicional, que compreende os estados de São Paulo e Paraná, a produtividade agrícola do canavial entre 2013 e 2014 foi de 81,2 t/há. Em contrapartida, a safra de 2014/2015 sofreu queda de 6,7% da produtividade, registrando volume de 76 t/há”, diz Haroldo Torres da Silva, economista e pesquisador do Pecege responsável pelo estudo.

Outro ponto negativo foi revelado por meio do estudo sobre a última safra. “O custo de produção agroindustrial de processamento de cana foi de R$112,22 por tonelada durante a safra 2013-2014. Para a safra 2014-2015, estima-se que o custo total de processamento tenha se elevado em 6%”, ressalta Silva.

Ainda segundo o levantamento da safra anterior, a produção do etanol anidro gerou, em média, 8% em prejuízos para as usinas de São Paulo e Paraná. “Os acompanhamentos de custos para a safra 2014-2015 sugerem uma margem econômica negativa para a produção de etanol anidro e hidratado de 6% e de -12%, respectivamente.

Outro resultado apresentado pelo levantamento da última safra é relacionado à produção de bioeletricidade gerada a partir da biomassa da cana-de-açúcar. “A venda de bioletrecidade, em média, contribuiu para a redução dos custos agroindustriais em 3%. Para usinas com maior capacidade de cogeração, a contribuição foi de cerca de 4%”, aponta Silva.

No mercado interno, a elevação da proporção de etanol anidro na gasolina comum de 25% para 27% e o retorno da Contribuição e Intervenção do Domínio Econômico (CIDE) sobre a gasolina darão um alívio ao setor e uma vantagem competitiva ao etanol”, explica o economista. “Para essa safra, há uma expectativa de quebra de produtividade e aumento dos custos de produção. Por outro lado, é esperado uma sensível melhora da situação de mercado em termos de comercialização. O etanol, na safra 2014/15 pode vir a se tornar mais competitivo em relação a gasolina”, encerra.

Para colaboradores

O acesso às análises personalizadas está garantido a todos os participantes do levantamento no Portal Sucroenergético - www.pecege.esalq.usp.br/portal. Todas as informações serão tratadas estatisticamente de forma a manter sigilo sobre os dados dos informantes.

Texto: Comunicação Pecege

Palavra chave: 
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