Etapa fundamental no planejamento agrícola, as análises de solo possibilitam maior assertividade na condução das mais variadas culturas e condições climáticas.
Para contribuir com o processo de qualificação de profissionais dessa área, o grupo Geotecnologias em Ciência do Solo (GeoCis), do departamento de Ciência do Solo, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP) realizou, em fevereiro, o Programa Brasileiro de Análise de Solo via Espectroscopia (ProBASE). “A iniciativa preenche uma lacuna entre os laboratórios de análise de solo que se utilizam de técnicas tradicionais e as novas tecnologias que estão sendo inseridas no mercado”, explica o professor Jose Alexandre Demattê, um dos responsáveis da área de Sensoriamento Remoto Aplicado a Solos da instituição e coordenador da ação.
Segundo os organizadores, o programa contou com a participação de 29 laboratórios de seis estados da federação e 40 inscritos, entre químicos e proprietários. “O programa foi uma iniciativa pioneira no Brasil e no mundo. Essa atividade fornece aos laboratórios massa crítica para o entendimento de como a inserção das novas tecnologias irá alterar a sua dinâmica no mercado de trabalho”, complementa Demattê.
Na prática, o treinamento apresentou fundamentos de espectroscopia (técnica para obtenção de informação de uma amostra de terra via luz), o estado da arte no mundo e estratégias de uso de sensores. “Fizemos ainda uma discussão de resultados realizados pelos participantes, de maneira que esperamos que o ProBASE permita dar subsídios aos laboratórios na escolha e uso adequado dos sensores que estão entrando no mercado”. De acordo com o professor Demattê, a grande vantagem destes sensores e seu uso em laboratórios é ser uma tecnologia limpa (não se utiliza de produtos químicos). “Esses equipamentos demandam pouca manipulação humana, diminuindo erros e fornecem dados de forma rápida”. O docente explica que os principais elementos quantificáveis são os teores de areia, argila, capacidade de troca de cátions e matéria orgânica.
“A realização do programa só foi possível graças a participação efetiva do grupo GeoCis e o sucesso permitiu a abertura do ProBASE-2. Esta nova parte tratará de todas as faixas do espectroeletromagnetica, seus fundamentos e importância para analise em laboratórios”, complementa.
Internacionalização – Em agosto de 2018, o grupo GeoCis realizou, durante o 23º Congresso Mundial de Ciência do Solo realizado no Rio de Janeiro, o 'First Simposium of Remote Sensing Applied to Soil Science’. Contando com convidados internacionais, a atividade promoveu o sensoriamento remoto dentro da ciência do solo em várias áreas como mapeamento pedológico, quantificação de elementos do solo e detecção de solos via satélite.
Saiba mais sobre o grupo GeoCis em https://esalqgeocis.wixsite.com/geocis .
Para inscrições ao ProBASE 2, acesse: http://fealq.org.br/informacoe s-do-evento/?id=814)
Com informações do professor José Alexandre Demttê e grupo GeoCis
21/02/2019