Fomentar o conhecimento nas áreas de recursos florestais e biomateriais. Esse é o objetivo do FBEF (Forestry & Biomaterials Endowment Fund, na sigla em inglês), primeiro fundo patrimonial do tipo no setor no Brasil, criado pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), com gestão de recursos executada pela Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz (Fealq).
A primeira reunião do Conselho Gestor do FBEF ocorreu essa semana, no departamento de Ciências Florestais da Esalq e reuniu representantes da comunidade acadêmica e do setor produtivo.
Segundo Francides Gomes Junior, professor do Departamento de Ciências Florestais da Esalq e membro do conselho gestor do fundo, o FBEF é um mecanismo moderno de autofinanciamento e todo aporte financeiro é investido segundo regras bem claras.
“Quem recebe os aportes é o FBEF, atualmente gerido pela Fealq, uma instituição sem fins lucrativos. Todo dinheiro aplicado no fundo não pode ser gasto, mas sim guardado e reinvestido, de maneira a gerar rendimentos perpétuos. Por meio de seu conselho o fundo tem a obrigação de proteger o patrimônio do fundo e de investir de maneira prudente e coerente com seus objetivos”.
O docente lembra que os fundos patrimoniais são tradicionais em universidades internacionais, como Harvard, Yale, Stanford, Princeton, MIT, Columbia e o resultado das aplicações financeiras será utilizado para concessão de bolsas de iniciação científica. “Essas contribuições servem de estímulo aos futuros profissionais do setor, que estarão entre os beneficiados desse fundo. É uma forma de retribuirmos o tempo e recursos financeiros investidos em nossa formação, contribuindo diretamente para o futuro do nosso setor”, afirma o engenheiro florestal Tiago Segura, coordenador de engenharia na Suzano Celulose.
Investimentos - O valor estipulado como meta de aportes numa primeira etapa é de R$ 100 mil, que serão alocados no novo prédio para as instalações do International Innovation Center for Biomass, Biorefinery and Bioproducts. Nesse edifício será implantada uma estrutura analítica para desenvolvimento de projetos e atividades inovadoras (spin-offs) nas áreas de biomassa, papel e celulose, bioenergia, biorefinaria e bioprodutos.
A partir do FBEF será estabelecido ainda uma rede internacional focada na formação de recursos humanos altamente capacitados para atender as demandas atuais e futuras da sociedade, com foco em sustentabilidade e responsabilidade social, fortalecendo a ligação entre a academia e empresas globalmente, nas áreas ligadas aos segmentos florestais, siderurgia, energia, papel e celulose e química verde.
Aportes – Para contribuir com o fundo, basta acessar o site fbef.org.br. Há três categorias de doações disponíveis: Quartzo, no valor de R$ 60, Ágata (R$ 600) e Safira (R$1.200), mas qualquer valor pode ser doado.
Saiba mais em https://fbef.org.br/ .
Texto: Caio Albuquerque (29/08/2019)