A Universidade de São Paulo (USP), por meio da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP) e a China Agricultural University (CAU) celebraram, na manhã de 28/9, o acordo CAU-USP Joint College, que reúne as duas instituições afim de aprofundar a cooperação entre China e Brasil no que se refere à educação, ciência e tecnologia em ciências agrárias.
Realizado no formato on-line, a celebração desse acordo de cooperação reuniu gestores e representantes acadêmicos das duas universidades, além de representações diplomáticas do Brasil e da China, entre eles o embaixador do Brasil na China, Marcos Bezerra Abbot Galvão, o embaixador interino da China no Brasil, ministro Jin Hongjun, o reitor da CAU, Sun Qixin, e o presidente da AUCANI (Agência USP de Cooperação Acadêmica Nacional e Internacional), professor Sergio Persival Baroncini Proença, na ocasião representando o reitor da USP, professor Carlos Gilberto Carlotti Junior. O evento promoveu o diálogo entre as principais universidades mundiais envolvidas em pesquisas voltadas para a questão agrícola com o intuito de fortalecer um ambiente educacional inovador em disciplinas voltadas para essa área.
“Cumprimento as instituições envolvidas neste importante projeto de cooperação. Certamente os resultados obtidos dessa parceria serão extremamente relevantes para as ciências agrárias. Adicionalmente, trata-se de um programa de ensino e pesquisa que propicia importante intercâmbio científico e cultural entre pesquisadores do Brasil e da China”, declarou o presidente da AUCANI, professor Sergio Persival Baroncini Proença.
Em sua fase inicial, o CAU-USP Joint College oferece dois programas de Mestrado em Agronomia e Pecuária e Administração Pública. Em 2022, 24 estudantes chineses, 1 brasileiro e 68 estudantes do continente africano estão inscritos.
Para o presidente da Comissão de Pós-graduação da USP, professor Marcio de Castro Silva Filho, o Brasil e a China têm um papel fundamental na direção do século 21 e da sua geopolítica, o que demanda essa aproximação acadêmica e científica. “O sucesso das relações comerciais bilaterais exige o estabelecimento de uma nova era em termos de colaboração acadêmica e de pesquisa. Espera-se que esta cooperação promova a inovação, a qualificação dos recursos humanos e a aquisição cultural. Novas formas de ensino, seminários e aulas conjuntas, maior circulação de cérebros, iniciativas de investigação conjuntas, diplomas conjuntos podem tornar-se realidade num futuro próximo”.
O diretor da Esalq, professor Durval Dourado Neto, destacou que essa parceria reafirma a intenção da universidade, por meio do Ensino, da Pesquisa e da Extensão, de atender as demandas da sociedade, uma vez que Brasil e China são líderes em produção de tecnologia agrícola e podem contribuir para a segurança alimentar mundial. “Essa aproximação deve estimular o desenvolvimento da agricultura a partir de tecnologias digitais, atendendo o objetivo de otimizar a utilização dos recursos naturais e aumentar a produtividade e a segurança nas atividades agrícola, pecuária e de gestão ambiental”.
Nos próximos passos do CAU-USP Joint College está previsto o ingresso de novos cursos em áreas como Ciência Animal e Tecnologia, Recursos Agrícolas e Meio Ambiente, Saúde e Nutrição etc. Na China, o professor Luiz Gustavo Nussio, do departamento de Zootecnia da Esalq, coordena as ações do convênio. Na Esalq, essa coordenação está sob gerência do professor João Roberto Spotti Lopes, vice-diretor da instituição.
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Texto: Caio Albuquerque (29/9/2022)
