Depois de dezoito dias longe de casa, esalqueanos retornaram à universidade com uma bagagem carregada de novos aprendizados. No total, sete alunos da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (USP/ESALQ) participaram voluntariamente do Projeto Rondon, um dos maiores projetos de extensão universitária do Brasil e puderam transmitir o conhecimento adquirido dentro da ESALQ para comunidades carentes.
Os alunos permaneceram cinco dias em Marabá (PA) e outros 13 em Rondon do Pará (PA). Nas cidades, atenderam 1.214 pessoas em associações de moradores, centros de assistência social e escolas rurais. “Voltamos com uma visão diferente e mais inspirados em fazer do mundo um lugar melhor para se viver”, comentou Nathanael de Campos, um dos esalqueanos.
A maioria das atividades foram executadas em conjunto pelos estudantes da ESALQ e da Universidade de Cuiabá (UNIC). Em parceria, realizaram ações de educação ambiental com crianças, oficinas de reaproveitamento de alimentos e materiais, curso básico de Office, discussões sobre arborização urbana e planejamento urbano, gerenciamento de resíduos e qualidade da água. Além de oficinas de propagação de frutíferas, controle alternativo de pragas e doenças, dicas sobre plantas medicinais e cultivo de hortaliças.
Os professores Thiago Libório Romanelli, do Departamento de Engenharia de Biossistemas, e José Otávio Machado Menten, do Departamento de Fitopatologia e Nematologia, foram responsáveis pela organização dos alunos no projeto e acompanharam todas as atividades. Segundo Romanelli, os alunos conseguiram executar bem todas as tarefas, mas notaram que a procura da população por oficinas de lazer foram maior do que atividades destinadas ao trabalho ou profissionalizantes, o que foi um desafio a todos os voluntários.
O projeto foi uma oportunidade aos esalqueanos de conhecerem uma realidade diferente, trocarem experiências e se dedicarem à uma causa social. “O projeto Rondon foi uma das melhores experiências da minha vida, se não a melhor. Aprendemos a trabalhar em equipe, pois afinal de contas foi também um processo de autoconhecimento. Aprendemos muito mais do que ensinamos. Apesar de que minha intenção nunca foi de ir ensinar nada, mas sim de compartilhar um pouco da nossa vivência na universidade em troca da grande experiência de vida das pessoas que tivemos o privilégio de conhecer naquela comunidade em questão”, finalizou Nathanael.
Colaboradores – Além de Nathanael José de Campos, foram voluntários Márcio Rezende Ribeiro Soares, Diogo Tau Zymberg Tomaszewski, Pietro Pizão Gonzalez, Rebeca Cristine Ferreira da Silva, Samuel de Mello Pinto e Vanessa Mendes de Queiroz.
A equipe esalqueana contou com apoio dos professores Thiago Libório Romanelli e José Otávio Machado Menten, que acompanharam e apoiaram todas as etapas e também dos professores Odaléia, Ademir de Lucas, professor Demétrio, Marta Spoto, Marília Oetterer e Roberto Arruda, que auxiliaram com informações que foram vitais ao bom andamento do projeto e disponibilizaram materiais informativos.
Os grupos internos da ESALQ também colaboraram para o execução das atividades no Projeto Rondon, auxiliando com matérias nas oficinas. Entre eles: Grupo de Estudos em Paisagismo (GEP), Grupo de Práticas em Fruticultura (GPF), Casa do Produtor Rural, USP Recicla, Núcleo de Agroecologia Nheengatu, Centro Acadêmico de Ciências dos Alimentos (CACAL) e Grupo Florestal Monte Olimpo (em especial ao projeto Florestas do Futuro).
Em auxilio com questões burocráticas e financeiras, a Diretoria da ESALQ, junto à Seção de Cultura e Extensão, Seção de Produções Gráficas, Seção Financeira, Seção de Contabilidade e a Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz (FEALQ) apoiaram e incentivaram a participação dos estudantes no projeto.
Texto: Ana Carolina Brunelli
Revisão: Caio Albuquerque (17/08/2015)
