No primeiro semestre de 2016, Saulo Augusto Quassi de Castro, aluno de mestrado no programa de Solos e Nutrição de Plantas da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (USP/ESALQ), se inscreveu para participar do prêmio IPNI 2016 (International Plant Nutrition Institute Scholar Award), o qual avalia o currículo e o plano de pesquisa dos participantes. Neste segundo semestre, o estudante recebeu a notícia de que ficou entre os 36 melhores trabalhos do mundo e entre os quatro do Brasil relacionados à área.
O IPNI apoia o desenvolvimento de novas tecnologias de manejo, iniciativas que contribuem para atender às diferentes e crescentes demandas mundiais de produção de alimentos, agroenergia e fibras, visando à sustentabilidade do sistema agrícola. “Notei a possibilidade de demonstrar nacionalmente e mundialmente o projeto que venho desenvolvendo na pós-graduação, uma vez que minha pesquisa visa à sustentabilidade no manejo agrícola do solo e uso correto de fertilizantes”, conta Castro.
O trabalho selecionado do esalqueano avalia o uso de adubo verde (Crotolaria spectabilis) como forma de possibilitar a remoção da palha deixada no campo pela cana-de-açúcar. “Meu objetivo é diminuir a dose de fertilizante nitrogenado na cultura e realizar a renovação do canavial com adubo verde. Diferente de outros estudos, onde o efeito da rotação é avaliado apenas no primeiro corte, estou avaliando o efeito da rotação em longo prazo (cortes subsequentes)”. O pesquisador ainda ressalta outros fatores positivos: “com essas medidas, haverá maior eficiência no uso de fertilizantes, resultando em economia ao produtor. Além disso, pretende-se obter maior produtividade e longevidade do canavial, o que contribuirá para a sustentabilidade da cultura, evitando danos ambientais causados pelo uso indiscriminado de adubos”.
O mestrando receberá um certificado e terá o projeto de dissertação divulgado na revista IPNI. “Desde o início da graduação venho desenvolvendo trabalhos com cana-de-açúcar e nutrição de plantas. O fato de minha família ser produtora de cana e ter a prática do campo, me permite ver pontos que possam ser melhorados, abordando-os em minhas pesquisas”, conta Castro.
Texto: Ana Carolina Brunelli
Revisão: Alicia Nascimento Aguiar (08/11/2016)