Durante o IX International Peach Symposium 2017, realizado em julho, em Bucareste, na Romênia, uma pós-graduanda da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (USP/ESALQ) se destacou. O estudo Fitness of Monilinia fructicola isolates with different levels of sensitivity to azoxystrobin, de autoria de Isabela Vescove Primiano, foi eleito melhor pôster apresentado por um aluno de pós-graduação
Isabela é estudante do programa de Pós-graduação em Fitopatologia, com orientação da professora Lilian Amorim, do Departamento de Fitopatologia e Nematologia da ESALQ. O trabalho premiado na Europa é parte da pesquisa desenvolvida em seu mestrado.
O objetivo da pesquisa foi avaliar o comportamento de isolados pouco sensíveis aos fungicidas do grupo QoI, de um fungo que causa podridão em pêssegos. Segundo a orientadora, a aluna procurou saber se os isolados menos sensíveis ao fungicida, na ausência deste, têm a mesma habilidade em causar doença que os isolados sensíveis. “Nossos resultados mostraram que os isolados menos sensíveis não diferem dos sensíveis. Dessa forma, caso isolados pouco sensíveis sejam selecionados, o fungicida perderá seu efeito”. Assim, a docente aponta que estratégias de manejo de fungicidas que impeçam o avanço de isolados resistentes aos fungicidas devem ser adotadas na cultura do pessegueiro. “Como exemplo, cita-se o uso de misturas de fungicidas com diferente modo de ação ou a rotação de fungicidas no decorrer da safra”.
Lilian Amorim ressalta que o prêmio foi um importante reconhecimento ao trabalho da Isabela pela comunidade científica internacional que realiza pesquisas na cultura do pessegueiro. “Esse Congresso é organizado a cada quatro anos e a valorização de estudantes de destaque, por meio do prêmio, é uma maneira de incentivar jovens talentos a persistir na pesquisa científica”.
Isabela destacou também o significado da premiação. “Apresentar e discutir o trabalho um Congresso internacional, graças ao apoio da minha orientadora, já é gratificante e é uma honra ter o reconhecimento do nosso grupo de pesquisa por pesquisadores renomados de diferentes países.”
Fomento – O trabalho tem apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e a autora lembra que o desenvolvimento do mesmo ainda teve parceria com a Universidade Federal do Paraná (UFPR), a partir do envolvimento da professora Larissa May de Mio e também com a Universidade da Flórida, a partir da atuação da professora Natalia Peres.
Texto: Caio Albuquerque (14/08/2017)