No último dia 25 de maio, foi aprovado na 90ª Seção Geral da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), realizada em Paris, a designação do novo Centro Colaborador da OMSA em Economia da Saúde Animal para as Américas.
O Centro Colaborador para a região das Américas tem representantes dos Estados Unidos, do Brasil e do México. É liderado pelo professor Dustin Pendell da Kansas State University (KSU), Departamento de Economia Agrícola, nos Estados Unidos. No Brasil, é liderado pela professora Sílvia Helena Galvão de Miranda do Departamento de Economia, Administração e Sociologia (Esalq/USP) e Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/USP) e pelo professor Vitor Salvador Picão Gonçalves da Universidade de Brasília (Laboratório de Epidemiologia Veterinária – EpiPLAN, da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária). Participam, ainda, pela USP, os professores Fernando Ferreira e José Soares Ferreira Neto, ambos da Faculdade de Medicina e Veterinária da USP, e do Laboratório de Epidemiologia e Bioestatística da mesma.
O consórcio é ainda integrado pelo representante do México, Professor José Dávalos Flores, da Universidad Nacional Autonoma de México. Nos Estados Unidos, também, integra o Centro o Professor Thomas Marsh, da Washington State University.
O Centro Colaborador para Economia da Saúde Animal para a Região das Américas (CCEAH – Américas) tem como foco principal a Gestão da Saúde Animal, particularmente para análise das implicações sociais e econômicas das doenças animais. O Centro vai trabalhar com animais terrestres e aquáticos, refletindo a expertise dos membros do seu consórcio. Terá como foco o uso sistemático e o treinamento em métodos econômicos aplicados à saúde animal com resultados alinhados com o Programa Global Burden of Animal Diseases (GBADs).
Em sua atuação o CCEAH-Americas terá como objetivos aperfeiçoar os métodos para estimar o impacto das doenças animais, inclusive em termos de ônus para a saúde humana (no caso das zoonoses), em locais em que estas doenças ocorrem, bem como os fatores de risco. Atuará ainda para a melhoria do acesso e padronização das informações sobre doenças animais e problemas que causa à saúde, por meio do desenvolvimento de um mecanismo de conhecimento compartilhado em nuvem pelos pesquisadores. Outro objetivo será também a melhoria da capacidade de interpretação e uso das informações sobre doenças animais e seu ônus para a saúde e a economia como um todo.
A atuação nessas três áreas será conduzida por um time multidisciplinar, com economistas, epidemiologistas, médicos veterinários, cientistas de dados e da computação e educadores. Pretende-se oferecer oportunidades de pesquisa e treinamento para estudantes de mestrado e doutorado, visando aumentar os conhecimentos e a expertise no tema da economia da saúde animal.
Texto: Caio Albuquerque (29/5/2023)