Docentes participaram de evento em celebração à parceria entre USP e Universidade NOVA de Lisboa

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Professora Thais Vieira coordenou um dos painéis temáticos (reprodução)

Nos dias 7 e 8 de setembro, aconteceu em Lisboa, Portugal, a 1ª Conferência NOVA /Universidade de São Paulo (USP), dedicada à sustentabilidade.

atividade celebrou a já assinada parceria entre as universidades e contou com quatro sessões temáticas. O primeiro dia acolheu docentes e pesquisadores nos eixos “Dimensão Social da Sustentabilidade” e “Impacto da Universidade nas Políticas Públicas para a Sustentabilidade”. No dia 8, representantes das duas universidades versaram sobre “Tecnologia e Economia para a Sustentabilidade” e “Inovação & Empreendedorismo para a Sustentabilidade”.

O reitor da USP, professor Carlos Carlotti Junior, comentou sobre a importância da aproximação entre USP e NOVA e o fato de debaterem temas ligados à Sustentabilidade. “As universidades têm o papel imprescindível de apontar caminhos para uma melhor convivência com o planeta, mas não vamos conseguir nada se não for um trabalho coletivo”.

Na sessão de abertura do evento, o reitor da Universidade NOVA de Lisboa, João Sàágua, disse que “Produzir, transmitir e usar conhecimento para ter um impacto relevante e positivo na sustentabilidade: este é nosso compromisso com a sociedade, mas sabemos que nenhuma instituição será bem sucedida sozinha”.

Esalq – Na oportunidade, a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP) foi representada pela sua diretora, professora Thais Vieira e pelos docentes Carlos Eduardo Pellegrino Cerri, do departamento de Ciência do Solo e Silvia Helena Galvão de Miranda, do departamento de Economia, Administração e Sociologia.

A diretora da Esalq mediou o painel “Tecnologia e Economia para a Sustentabilidade” e mencionou a importância dos relacionamentos propiciados durante o evento. “A transdisciplinariedade propiciada aqui é importante pois se realiza não somente nas palavras, mas também pessoalmente. O contato entre os pesquisadores possibilita o trabalho conjunto e nos relacionarmos com a sociedade e com as futuras gerações”.

Cerri falou sobre Pegada de Carbono na Agricultura e os reflexos das mudanças climáticas no campo. “Todos os setores precisam reduzir a emissão e gases do efeito estufa e o resultado obtido ao final do processo depende de cada sistema de produção”.

Segundo o docente, uma das alternativas utilizadas no meio agrícola é o sequestro de carbono, foco de diversos estudos na Esalq. “Precisamos aumentar a quantidade de carbono no solo e diminuir na atmosfera e isso precisa ser considerado na pegada de carbono. Contabilizar a fixação do carbono no solo é algo fundamental para aprimorarmos os critérios de análise, ou seja, precisamos considerar o processo de forma mais ampla em um modelo que chamamos de balanço de carbono, que engloba entradas e saídas no sistema de interação solo-planta-atmosfera”. Clique aqui e assista a palestra do professor Cerri na íntegra https://www.youtube.com/watch?v=hH2jInXtJAA (a partir do minuto 55).

Segurança alimentar – A fala da professora Silvia, sobre Segurança Alimentar e Sustentabilidade, (4h53’) destacou que essa questão não está restrita ao cenário brasileiro. “A segurança alimentar é um grave problema brasileiro, mas assola um grande número de países, em diferentes níveis. Além disso, atualmente esse panorama mudou, pois precisamos considerar que precisamos de acesso aos alimentos e não a qualquer alimento”.

A docente enfatiza que essa premissa trás desafios sobre a implementação de políticas pública. “A questão da fome foi agravada a partir da pandemia de covid, mas o ponto central, colocado em pauta no caso brasileiro, é a questão de como um país produtor de alimentos possui parte de sua população passando fome”. Entre outros fatores, a docente explicou que a heterogeneidade da sociedade brasileira afeta as regiões geográficas do País de maneira diferente e parte da população que habita uma faixa periférica da região urbana também é afetada pela fome. “A região Nordeste, por exemplo, é afetada pela precariedade de acesso às ferramentas necessárias para produção de alimentos, além das condições climáticas adversas. Portanto, o cenário diverso do Brasil é algo que desafia a definição de políticas públicas com esse propósito”.

Além disso, a professora Silvia apresentou ações desenvolvidas na USP, colocadas em prática para amenizar o problema da fome no Brasil. Entre essas ações estão o Grupo de Trabalho USP Políticas Pública para Combate à Insegurança Alimentar e à Fome, o USP Susten e a coordenação do eixo Cadeia de Valor e participação no Instituto Nacional de Ciência e tecnologia (INCT) Combate à Fome. Clique aqui https://www.youtube.com/watch?v=e-gGjn5zJx8 e assista a palestra da professora Silvia na íntegra (a partir do minuto 4h 52’’)

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Texto: Caio Albuquerque (12/9/2023)

Professora Silvia Helena Galvão de Miranda falou sobre Segurança Alimentar e Sustentabilidade (crédito Universidade NOVA de Lisboa)
Professor Carlos Eduardo Pellegrino Cerri falou sobre pegada de carbono (crédito Universidade NOVA de Lisboa)