A colheita da soja se iniciou em ritmo lento nas principais regiões produtoras. Dois motivos foram responsáveis por este atraso: semeadura tardia e chuva contínua inviabilizando a entrada das máquinas no campo. Desta forma, a maior parte das lavouras do país ainda não foram colhidas e estão suscetíveis aos efeitos negativos do excesso de umidade sobre a qualidade dos grãos.
As projeções do SISTEMA TEMPOCAMPO da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP) apontam para condições meteorológicas mais favoráveis em relação à safra passada para as regiões Sul, Centro-Oeste Paulista e Sul do Mato Grosso do Sul, onde os ganhos de produtividade podem ser superiores a 8%.
Vale destacar que as projeções do SISTEMA TEMPOCAMPO não consideram tais efeitos do excesso de umidade na fase de colheita.
O SISTEMA TEMPOCAMPO aponta que a produtividade média brasileira de soja deve variar entre 3,43 e 3,61 t/ha, considerando os cenários pessimista e otimista, respectivamente.
Maiores produtividades são esperadas para o estado do Paraná e Santa Catarina. Na maior parte do Mato Grosso e Goiás os valores podem ser superiores a 3,4 t/ha. Produtividades semelhantes são esperadas na maior parte do estado de São Paulo e no MATOPIBA. No Rio Grande do Sul, contudo, os valores de produtividades podem ficar abaixo dos 2,6 t/ha.
A maior parte do Brasil tende a ter produtividades superiores a 3,2 t/há.
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Texto: Caio Albuquerque (19/02/2021)