Na última sexta-feira, 30/06, docentes, estudantes e servidores técnicos da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (USP/ESALQ) participaram da atividade Casa Aberta em Itatinga.
A iniciativa foi realizada pelo Departamento de Ciências Florestais, com apoio da diretoria da instituição, e reuniu parte da comunidade esalqueana na Estação Experimental de Ciências Florestais (EECFI) de Itatinga, distante 160 km de Piracicaba.
Durante a programação, ocorreu a inauguração do Laboratório de Silvicultura e Hidrologia Florestal, espaço a ser utilizado por professores e estudantes envolvidos com experimentos florestais instalados no local. O chefe do departamento de Ciências Florestais, professor Hilton Thadeu Zarate do Couto, falou da importância do laboratório. “Esse laboratório dará apoio aos estudos desenvolvidos aqui, afim de que possamos processar o material de estudo. Na prática, o material - folhas, galhos, raízes, amostras de solos - será seco, moído, embalado e identificado antes de seguir para Piracicaba”. O chefe do departamento traçou ainda um panorama histórico da Estação e reforçou a importância da EECFI. “Existe a vontade do nosso departamento de abrir esse espaço e que seu uso se torne cada vez mais eficiente tanto para comunidade interna como para a sociedade”.
Projetos – Além da inauguração do laboratório, o grupo da ESALQ conheceu duas iniciativas que estão em andamento sob coordenação do Departamento de Ciências Florestais. No Centro de Visitantes, o público ouviu a apresentação do professor Marcos Sorrentino, um dos envolvidos no projeto “Mosaico Agroecológico e Florestal na Estação Experimental de Itatinga”. A partir do levantamento de informações com a comunidade local, Sorrentino lembra que emergiu a necessidade de um mosaico agroflorestal que ocupará uma área de 100 hectares. “Esse espaço será utilizado sob a perspectiva agroflorestal e agroecológica, respeitando o ambiente, a partir do uso diversificado a realizado em parceria entre instituições técnicas e produtores familiares locais. A proposta é conciliar produção agroecológica, comercialização, educação profissionalizante, extensão e pesquisa universitária”, explicou.
Na sequência, os visitantes assistiram a apresentação do professor Silvio Ferraz que, diante de um dos experimentos recém instalados em campo, falou sobre o projeto “Restauração da microbacia do ribeirão Forquilha”. A ideia dessa iniciativa é avaliar os efeitos da restauração florestal nos serviços de regulação hidrológica e testar a metodologia de restauração de baixo custo e a possibilidade de retorno financeiro ao produtor rural.
Para o diretor da ESALQ, professor Luiz Gustavo Nussio, as estações experimentais fazem parte do patrimônio da universidade que precisa ser valorizado. “Esses espaços necessitam ser preservados por todos os departamentos, afim de atrairmos o interesse de outras linhas de pesquisas além das ciências florestais, como ocorre aqui em Itatinga”, afirmou.
Texto: Caio Albuquerque (03/07/2017)