Cláudia Maria Coleoni, estudante de Gestão Ambiental da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ/USP), participará, entre os dias 24 e 28 deste mês, do Youth Ag-Summit, encontro global de jovens, de 18 a 25 anos, em Camberra, na Austrália. O evento é promovido pela segunda vez pela Bayer CropScience, em parceria com a Future Farmers Network (FFN), organização de futuros jovens do agronegócio.
Selecionados entre cerca de dois mil estudantes, 100 jovens de 33 países apresentarão no encontro, dissertações sobre o tema “Alimentando um planeta faminto”. Entre eles, estão apenas dois brasileiros, Cláudia, da ESALQ e Otávio Emerick da Silva, aluno do curso de Agronomia da Universidade Federal de Viçosa (UFV), de Minas Gerais. O objetivo do evento é compartilhar, debater e desenvolver ideias a fim de criar uma visão comum sobre a agricultura sustentável.
A dissertação, que fez com que Cláudia fosse selecionada, abordou a segurança alimentar, focando no desperdício de alimento e na promoção da agricultura urbana. A estudante pretende, com essa abordagem, encontrar alternativas para combater a insegurança alimentar. “Hoje, cerca de 1,3 bilhão de toneladas de alimentos, por ano, são desperdiçados no mundo. Por isso, acredito ser esse um tema bastante pertinente em relação ao cenário atual”, ressaltou a aluna.
Na Austrália, a graduanda participará de diversos debates sobre agricultura sustentável e estará em contato com jovens que, assim como ela, estão motivados e envolvidos nas ciências ambientais. “Para mim é uma grande oportunidade participar de uma rede global de agricultura e poder unir esforços com representantes de diversos países, já que o meu objetivo é atuar internacionalmente em gestão política de recursos naturais”, comentou.
Preocupada com o crescente aumento populacional que vem ocorrendo nos centros urbanos e, por consequência, pela quantidade de pessoas que passam fome no país, a dissertação de Cláudia propõe uma primeira solução para reduzir o desperdício de alimentos: reintegrar o consumidor ao produtor de alimentos, com parceria de cooperativas, fornecedores, restaurantes, supermercados, feiras urbanas e instituições. “Acredito que iniciativas educacionais como o plantio em hortas, pesquisas e até utilização de loteamentos abandonados, são uma boa alternativa para iniciar a plantação de uma cultura e disseminar ideias.”
Texto: Alessandra Postali e Ana Carolina Brunelli – Estagiárias de Jornalismo
Revisão: Alicia Nascimento Aguiar (20/08/2015)