Agrodestaque entrevista Fernando Hideki Soares Okuda

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Egresso é responsável pela captação de talentos na área florestal
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Trajetória e atuação profissional.

Sou formado em Engenharia Agronômica em 2018 e estive envolvido em inúmeros grupos de extensão durante toda a minha graduação. Nos primeiros anos, fiz parte de laboratórios de pesquisa, bem como atuei em grupos de agricultura orgânica, convencional e de silvicultura. Desde o início, já tinha em mente que meu grande desejo seria trabalhar no setor florestal brasileiro, mesmo tendo escolhido a carreira de Engenharia Agronômica. O que considero ser um grande destaque e diferencial da Esalq é que possuímos autonomia para cursar inúmeros créditos de disciplinas optativas em diferentes departamentos, desta maneira passei pelo Departamento de Ciências Florestais pelo período dois anos, estando matriculado em disciplinas profissionalizantes do curso de Engenharia Florestal, bem como fui estagiário e coordenador do Grupo Florestal “Monte Olimpo”, o que considero minha maior realização durante meu curso de graduação. Tive também a oportunidade de experienciar um intercâmbio de 6 meses na Finlândia, país onde estudei florestas boreais, economia florestal e produção de coníferas.

No final da minha graduação, momento o qual atuava como coordenador do GFMO, recebi uma proposta para fazer parte do quadro de estagiários da empresa Suzano Papel e Celulose, cadeira a qual seria destinada à vaga de Parceiro de Negócios da área de Recursos Humanos da companhia, atendendo então os colaboradores da estrutura florestal do estado de SP. A priori seria um grande desafio, pois não possuía formação de RH, contudo meu background da área florestal me auxiliou na parte técnica dos processos de recrutamento, treinamento e desenvolvimento dos colaboradores da empresa.

 

Fale um pouco sobre suas atribuições.

Após o primeiro ano atuando como estagiário de Parceiro de Negócios da equipe de Gente e Gestão da Suzano Papel e Celulose, passei a trabalhar em uma cadeira efetiva de Recrutamento & Seleção de Talentos da área florestal. Sou responsável por toda a etapa de Atração de Talentos da UNF/SP, desde o operador de maquinário de corte e preparo de solo até os níveis de maior expertise da companhia. É importante salientar que a equipe de RH além de ser responsável por realizar contratações assertivas, alinhadas de acordo com as expectativas dos gestores, também possui como meta a retenção e desenvolvimento dos mesmos dentro da corporação. Também atuo em Employer Branding, Programa de Estágio e PPGF, e Treinamentos dos líderes e colaboradores do setor.

Apesar de eu ter desenvolvido atividades na área florestal durante toda a graduação, considero estratégica a escolha da vaga que ocupo. O fato de conhecer mais a fundo o setor florestal apenas acrescenta no desempenho de minhas atividades, pois consigo compreender melhor os processos de Gestão de Pessoas da companhia à nível florestal e em toda sua cadeia produtiva, me permitindo ser mais assertivo nas contratações e desenho dos mapas sucessórios dos colaboradores e estratégia da empresa.

 

Quais os principais desafios desse setor?

O grande desafio é enxergar a empresa como um todo, entendendo as estratégias da companhia. Isso vai além do braço “burocrático”, porque o dinamismo das estratégias de negócio não fica só no papel. Por isso, precisa ter em mente aquilo que dá mais certo nas áreas atendidas e depois ainda traçar a melhor metodologia para a gestão daquele grupo de pessoas que está contratado ali no momento. Outro desafio muito importante é levar a empresa para a modernidade, que vem trazendo várias necessidades de inclusão. Isso vai desde a aderência da empresa à digitalização, automação de processos industriais e florestais e o uso de novas tecnologias de computação nos processos de RH até na inclusão de diversidade de pessoas, ocasionando por exemplo acessibilidade e mitigação de preconceitos. O time de RH tem sempre que estar atento a essas mudanças e avanços, tão rápidos hoje em dia, e incluindo essas mudanças da forma mais positiva possível para toda a equipe. O nosso papel transcende administrar a mão-de-obra: nosso papel é transformar vidas, proporcionando e se adequando às exigências do mercado, exercendo o respeito e trabalho saudável em grupo.

                         

Que tipo de profissional esse mercado espera?

Profissionais que possuam grande habilidade de comunicação, facilidade com utilização de ferramentas de bases analíticas, conhecimento do setor produtivo, e principalmente inovação e empreendedorismo.

 

Texto: Letícia Santin | Estagiária de Jornalismo

Revisão: Caio Albuquerque

08/02/2019