A Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (USP/ESALQ) realizou nesta quinta-feira, 13 de outubro, a 2ª Virada Científica. O evento, promovido pela Comissão (CCEx) e Serviço (SVCEx) de Cultura e Extensão Universitária da ESALQ, proporcionou aos estudantes e à população o contato com a ciência e o universo acadêmico a partir de diferentes atividades. A Virada Científica integrou a programação da 59ª Semana “Luiz de Queiroz” com programações gratuitas à comunidade.
A abertura do evento foi realizada pelo Coral “Luiz de Queiroz”, nas instalações do Museu da ESALQ. Durante o dia inteiro, pessoas de todas as idades permaneceram envolvidas com palestras, oficinas, feiras, exposições e atividades científicas e culturais. “Nosso objetivo é apresentar à sociedade os trabalhos e pesquisas desenvolvidos dentro da universidade e abordar, de forma simples, temas que fazem parte do cotidiano. Assim, podemos esclarecer dúvidas e oferecer dicas úteis a população”, ressaltou o Presidente da CCEx, Pedro Valentin Marques.
A população participou também de tours pelo campus da universidade, conhecendo os departamentos e seus laboratórios, além de conferir as linhas de pesquisa desenvolvidas em cada instalação. “A Virada Científica é uma oportunidade de aproximarmos a sociedade do meio acadêmico, além de apresentarmos as diferentes vertentes da ciência e de todas as possibilidades que ela nos oferece”, comentou o diretor da ESALQ, Luiz Gustavo Nussio.
As atividades
No Museu “Luiz de Queiroz”, a comunidade conferiu a exposição artística “Uma agrônoma entre cores e formas”, de Sônia Maria de Stefano Piedade, professora do Departamento de Ciências Exatas, que retrata em suas esculturas e pinturas o cotidiano rural e as paisagens de Piracicaba e da ESALQ. Além disso, para compreender mais sobre a história da agricultura no Brasil, o Museu Luiz de Queiroz abrigou outras exibições: “O café no Brasil”, apresentando o desenvolvimento da agricultura cafeeira no país e a “A evolução da agricultura”, na qual expôs as peças do acervo afim de revelar o desenvolvimento e a evolução dos estudos agrários. “Estou na dúvida em relação a qual curso prestar, então aproveitei este evento para conhecer a universidade e conferir a oficina de botânica, que é uma das áreas pela qual eu me interesso bastante”, contou Maria Eugênia Conceição, 16, que veio de São Pedro visitar a ESALQ e participar da programação.
As palestras, que abordaram temas diversificados, não apresentaram apenas teoria, mas promoveram atividades bastante dinâmicas. Quando a temática foi “Botânica”, os participantes foram levados ao Horto de Plantas Medicinais, Condimentares e Aromáticas da ESALQ e conheceram o trabalho desenvolvido pelo Grupo de Estudos "Walter Accorsi" (GeWA), as propriedades das plantas e as principais espécies da flora brasileira.
A comunidade participou de oficina de captação doméstica de água da chuva, atividade que ressaltou a importância sobre o uso adequado da água, maneiras de funcionamento de um sistema de captação doméstica e possibilitou aos participantes a implementação de um sistema. “É excelente essa oportunidade de a população poder se inteirar mais sobre o meio acadêmico e se aproximar da ciência, principalmente aprender formas de não desperdiçar um elemento tão importante, como é o caso da água”, disse Cristiane Formigosa, 30, que se interessou muito pelas atividades direcionadas à reutilização e reciclagem.
Durante o ciclo de palestras, os visitantes puderam conhecer a história evolutiva de máquinas e ferramentas que auxiliam no desenvolvimento da agricultura, presenciaram demonstrações de tratores modernos. Realizaram, também, visitas ao Laboratório de Agricultura de Precisão para conhecer as pesquisas, estrutura e equipamentos, visualizaram sensores de plantas e de solo e equipamento de GPS para compreenderem como são feitas as aplicações dessas ferramentas no campo.
A Virada teve ainda uma oficina de fabricação de instrumentos musicais com resíduos madeireiros da arborização urbana, visando conscientizar sobre o potencial de aproveitamento desse material. “Vim para participar desta oficina, pois minha filha trabalha com música e eu com história, então foi uma oportunidade de aprendermos algo novo e que poderemos utilizar em nossas profissões”, contou Magali Corrêa Pimenta, 54, moradora de Botucatu. Os participantes fabricaram blocos sonoros, instrumento conhecido também como Wood Blocks, participaram de um ensaio musical utilizando o instrumento e, posteriormente, se apresentaram no Restaurante Universitário da ESALQ.
A população teve acesso também à Estação Entomológica para descobrir as particularidades dos insetos. Lá, foi possível entender a vida das formigas e suas funções, conhecer o meliponário e as curiosidades sobre as abelhas e visitar o borboletário.
Como atividade física, a Virada Científica ofereceu ainda uma aula aberta de Mat Pilates, atividade que exige muito mais força e controle corporal, pois usa o peso do corpo durante os exercícios.
Texto: Ana Carolina Brunelli, estagiária de Jornalismo | Revisão: Caio Albuquerque (13/10/2013)